Imagem: Reprodução
Máscara com a frase "I can’t breathe"
(não consigo respirar), repetida por George Floyd antes de ser morto pela
polícia, nos EUA, integra a mostra "Refundação"
Impossível o meio termo, a
completa indiferença ou simplesmente fingir que não sentiu nada. Assim começa a
matéria do Jornal “O Estado de Minas” ao comentar sobre a Mostra “Refundação”
em exposição no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto.
A Mostra é comemorativa dos 80
anos do equipamento cultural e o visitante, com certeza, terá uma opinião bem
definida e tocada pelos extremos.
Polêmica por excelência,
“Refundação” divide opiniões, causando incômodo a muitos e se revelando salutar
a outros tantos, como deve ser realmente qualquer gênero artístico, ou se gosta
ou não. Não há meio termo. Nesse cenário da primeira cidade brasileira
reconhecida como Patrimônio Mundial, há os que consideram a mostra um ultraje à
história das Gerais, enquanto outros enxergam um novo significado para a
instituição.
A exposição temporária, com
140 obras de 120 artistas brasileiros, incluindo mineiros, tem mesmo o sentido
de provocar. “Provocação positiva do debate, da reflexão”, defende Alex
Calheiros, diretor do Inconfidência, que é vinculado ao Instituto Brasileiro de
Museus (Ibram) e ao Ministério da Cultura.
Em sua primeira visita ao Inconfidência, onde foi para tratar de assunto
que não era a exposição, o arcebispo de Mariana, dom Airton José dos Santos,
não gostou do que viu, considerando “Refundação” “uma ideologia apresentada de modo grotesco”.
Estranho seria se um religioso
conservador gostasse da Exposição.
Fontes: O Estado de Minas/DeFato