quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Refundação: exposição de arte contemporânea marca os 80 anos do Museu da Inconfidência de Ouro Preto

Imagem: Reprodução

Máscara com a frase "I can’t breathe" (não consigo respirar), repetida por George Floyd antes de ser morto pela polícia, nos EUA, integra a mostra "Refundação"


 Impossível o meio termo, a completa indiferença ou simplesmente fingir que não sentiu nada. Assim começa a matéria do Jornal “O Estado de Minas” ao comentar sobre a Mostra “Refundação” em exposição no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto.  

A Mostra é comemorativa dos 80 anos do equipamento cultural e o visitante, com certeza, terá uma opinião bem definida e tocada pelos extremos.

Polêmica por excelência, “Refundação” divide opiniões, causando incômodo a muitos e se revelando salutar a outros tantos, como deve ser realmente qualquer gênero artístico, ou se gosta ou não. Não há meio termo. Nesse cenário da primeira cidade brasileira reconhecida como Patrimônio Mundial, há os que consideram a mostra um ultraje à história das Gerais, enquanto outros enxergam um novo significado para a instituição.

A exposição temporária, com 140 obras de 120 artistas brasileiros, incluindo mineiros, tem mesmo o sentido de provocar. “Provocação positiva do debate, da reflexão”, defende Alex Calheiros, diretor do Inconfidência, que é vinculado ao Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e ao Ministério da Cultura.

Em sua primeira visita ao  Inconfidência, onde foi para tratar de assunto que não era a exposição, o arcebispo de Mariana, dom Airton José dos Santos, não gostou do que viu, considerando “Refundação” “uma ideologia apresentada de modo grotesco”.

Estranho seria se um religioso conservador gostasse da Exposição.

Fontes: O Estado de Minas/DeFato