quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Fundação Cultural prorroga prazo de inscrição da Lei Paulo Gustavo em Varginha

A Fundação Cultural de Varginha prorrogou o prazo de inscrições dos projetos a serem contemplados pela Lei Paulo Gustavo. O prazo vai até próxima segunda-feira (04/12/2023), às 16h.

As propostas podem ser enviadas exclusivamente pela Plataforma Prosas. Os links dos editais e dos formulários estão disponíveis em www.varginhacultural.com.br.

 

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Aroldo Pereira, fundador do Psiu Poético, lança livro em BH.

Nesta sexta-feira, 1/12, acontecerá o lançamento do livro de Aroldo Pereira, poeta e agitador cultural. Aroldo Pereira fundou e coordena o Psiu Poético, o mais longevo evento de Poesia do Brasil. 
O evento acontecerá das 19 às 22h. na Casa da Floresta, Rua Silva Ortiz, 78 - Floresta - Belo Horizonte.

 

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Sábado de artes plásticas e música em Lambari

 

No sábado (2/12), 19h, o Centro Cultural Vagão 98, de Lambari, abre as portas para uma exposição de artes plásticas inédita. 

Com a Exposição Transcendência, Carlos Augusto de Lorenzo reúne obras que demonstram o apuro técnico e o lirismo de um criador experiente e inquieto. 

Transcendência mescla painéis feitos com técnica mista e acrílica e desenhos em aquarela e aerografia sobre papel, para oferecer ao público uma experiência estética comovente e inspiradora.

A noite contará ainda com dois pocket shows imperdíveis: Sara e Jordan apresentarão clássicos da música erudita e o saxofonista Neptun executará leituras solo da banda britânica Radiohead.

A entrada é franca.

O Centro Cultural Vagão fica na Praça Vivaldi Leite Ribeiro, 98 – Centro – Lambari - MG


O inelegível se desespera com indicação de Dino ao STF

 Imagem: Reprodução

Nesta segunda-feira (27), o presidente Lula (PT) indicou o ministro da Justiça, Flávio Dino, para ocupar a cadeira vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), anteriormente ocupada pela ministra Rosa Weber.

Enquanto alguns celebram a indicação de Dino ao STF, outros, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), demonstram desespero. Durante sua gestão federal, Bolsonaro teve vários atritos com Dino, então governador do Maranhão.

Além do ex-presidente, a horda bolsonarista como um todo entrou em pânico com a indicação de Dino. Na manhã desta terça-feira (28), bolsonaristas subiram a hashtag "DinoNoSTFNão", repleta de delírios extremistas.

O pânico entre os bolsonaristas deve-se à postura contundente de Dino à frente do Ministério da Justiça, especialmente no que diz respeito à responsabilização de todos os envolvidos na tentativa de golpe de Estado perpetrada em 8 de janeiro.

Totalmente descontrolado, o ex-presidente Jair Bolsonaro recorreu às redes sociais para mostrar o quão apreensivo está com a nomeação de Dino para o STF, chegando ao ponto de insultar o ainda ministro da Justiça de "imbecil".

Fonte: Revista Fórum



terça-feira, 21 de novembro de 2023

Concerto de piano em Lambari

 

Na sexta-feira (24/11), 19h30, o teatro do Vagão 98 receberá jovens talentos do piano sul mineiro para um concerto emocionante. A entrada é franca!  

 Isabela Reis, Sophia Rosa e José Luis T. Bueno  tocarão um repertório de grandes clássicos do piano, com mediação e apresentação do professor Francis Vilela.

Os três jovens pianistas foram vencedores do 11º Concurso de Piano Central Joias e Relógios de Varginha.     O referido Concurso de Piano  mobiliza todos os anos cerca de 50 pianistas da região, egressos dos conservatórios públicos e das escolas de música particulares, dos quais seis são premiados, nas categorias iniciante e intermediário-avançado.

 O Sul de Minas é berço de nomes do piano mundial como Nelson Freire (1944-2021), nascido em Boa Esperança, e de seu primeiro professor, o maestro Cecílio Fernandes; e é também uma região com tradição de grandes concursos de piano. 

O concerto integra a programação do 6º aniversário de instituição da Fundação Cultural Vagão 98, que começou no último domingo, com os eventos do Dia da Consciência Negra.

O teatro do Vagão 98, está localizado na Praça Vivaldi Leite Ribeiro, 98 em Lambari.


    

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Liniker é eleita imortal pela Academia de Cultura Brasileira

 Imagem: Reprodução



Liniker será a primeira artista trans a ocupar um lugar na Academia

Liniker ganhará um assento como imortal na Academia Brasileira de Cultura (ABC). Ao lado de grandes nomes como Margareth Menezes, Conceição Evaristo, Alcione e Luana Xavier, a cantora, compositora e atriz será a primeira artista trans a ocupar um lugar na Academia.

A artista é um dos maiores talentos da nova geração da música, tendo recebido no ano passado o Grammy Latino na categoria de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira . Com o feito, ela se tornou a primeira pessoa trans a vencer a premiação.

Liniker, conhecida por suas composições e interpretações nos gêneros soul, samba e black music, alcançou destaque no cenário musical a partir de 2015 devido à sua potência vocal e letras românticas, evidenciadas no EP “Cru”.

Além de sua carreira musical, Liniker também deixou sua marca na teledramaturgia, participando de séries como “3%” na Netflix, “ Manhãs de Setembro ” na Amazon Prime e da novela “Cara e Coragem” da Rede Globo.

Fonte: IGqueer

Fundação Cultural lança editais da Lei Paulo Gustavo em Varginha



 A Prefeitura de Varginha, por meio da Fundação Cultural, lançou nesta quinta-feira (16/11) os editais para a participação de trabalhadores da cultura do município na Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022, regulamentada pelo Decreto nº 11.525, de 11 de maio de 2023).


As inscrições de propostas culturais acontecerão entre 16/11/2023 e 30/11/2023 (até 16h), diretamente na Plataforma Prosas. O link está disponível na página inicial do site www.varginhacultural.com.br, na aba voltada à Lei Paulo Gustavo.

No edital proposto para a seleção de projetos culturais de audiovisual será destinado o valor de R$ 769.381,65, dividido nas seguintes categorias: Apoio a produções audiovisuais, Apoio a cinemas de rua e itinerantes, Apoio a capacitação, Formação e qualificação em audiovisual; Cineclubes; Realização de festivais e de mostras de produções audiovisuais; Memória, preservação e digitalização de obras ou de acervos audiovisuais.

No edital designado às demais áreas da cultura serão destinados R$ 331.856,60. Poderão se inscrever projetos culturais relacionados a apoio às Artes plásticas e visuais, Artesanato, Cultura Popular e Manifestações Tradicionais, Dança, Leitura, escrita e oralidade, Música, Patrimônio cultural, Teatro e Projetos livres / Artes integradas.

Pode se inscrever qualquer agente cultural residente ou sediado no município de Varginha há pelo menos 01 (um) ano, com comprovada atuação artístico cultural. Em regra, o agente cultural pode ser:
I - Pessoa física maior de 18 (dezoito) anos ou Microempreendedor Individual (MEI);
II - Pessoa jurídica com fins lucrativos;
III - Pessoa jurídica sem fins lucrativos;
IV - Coletivo/Grupo sem CNPJ representado por pessoa física.

Ficam garantidas cotas étnico-raciais, sendo no mínimo 20% das vagas para pessoas negras (pretas e pardas) e no mínimo 10% das vagas para pessoas indígenas.

O diretor-superintendente da Fundação Cultural, Marquinho Benfica, destaca que “os editais buscaram estar em sintonia com os anseios da classe artística e cultural de Varginha. Foi um trabalho desenvolvido entre a Comissão de Acompanhamento da Lei Paulo Gustavo, o corpo técnico da Fundação Cultural e consultoria técnica terceirizada, com o intuito de atender da melhor forma possível as demandas e fomentar a cultura em Varginha”.

As informações detalhadas estão disponíveis nos editais que podem ser acessados no site da Fundação Cultural em 
www.varginhacultural.com.br ou diretamente nos links dos editais, por meio da Plataformas Prosas.

Mais informações poderão ser obtidas pelo e-mail lpg@fundacaoculturaldevarginha.com.br ou pelo WhatsApp (35) 9 1014-4149 (apenas mensagens. Esse número não receberá ligações).

terça-feira, 7 de novembro de 2023

Em 2024 a Feira Literária das Águas Virtuosas estará homenageando Lélia Gonzales

Os eventos acontecerão entre 3 e 11 de maio de 2024, em Lambari, Campanha, São Lourenço, Cambuquira, Três Corações e Varginha.

Cada uma dessas cidades sul mineiras sediará um conjunto de atividades que valoriza a memória e a identidade, a produção literária e a musical local.

Autora homenageada do ano: a filósofa e antropóloga mineira Lélia Gonzales. 

Falecida em 1994, aos 59 anos de idade, Lélia Gonzalez foi professora, filósofa e antropóloga brasileira. Mineira de Belo Horizonte,  referência nos estudos e debates de gênero, raça e classe no Brasil e América Latina é reconhecida no mundo todo como uma das principais autoras do feminismo negro.

Autora homenageada do ano: a filósofa e antropóloga mineira Lélia Gonzales

Gonzales será a terceira autora negra e mineira homenageada pela FLAVIR nos últimos quatro anos. A exceção foi a homenagem ao autor negro e carioca Elissandro Aquino, em 2023, por seu trabalho a respeito de Carolina Maria de Jesus, a homenageada de 2022. Em 2021, a autora comemorada foi Conceição Evaristo. 

A FLAVIR 2024 conta com a parceria da APESUL, Varginha; Fonte das Letras, São Lourenço; ONG Nova Cambuquira; Instituto Federal de Três Corações; FLIC, Campanha; CEFET. Varginha; Vírus Poético, Três Corações; Livraria Estação Mercado do Livro, Lambari; e FATRI, Cambuquira. A promoção é da Rádio Transmineral e a realização, do Vagão 98. 


 

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

8ª Mostra de Cinema Chinês online

O tema desta edição é “Em busca da Luz”. Na interseção entre luz e sombra, em meio ao brilho dos fogos de artifício, os filmes chineses vão delineando um retrato singular, autêntico e vibrante da humanidade, evidenciando a grandiosidade da natureza humana e a busca por ideais e convicções. Nenhum anseio interno pela luz pode ser contido, assim como nenhuma expectativa pelo que está distante pode ser restringida.

A curadoria especial tem nomes importantes do audiovisual chinês, como o crítico de cinema Shi Wenxue e Lilith Li, fundadora da LiLiMB Culture.

Os filmes poderão serem vistos gratuitamente na plataforma do Spcine Play e para isso basta se cadastrar clicando AQUI.

 

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Ser vascaíno não é apenas torcer para o time vencer, é ter orgulho sua história.

 

O lugar que o Vasco da Gama ocupa na elite do futebol brasileiro tem a marca gloriosa do time conhecido como os camisas negras que, em 1923, com uma campanha arrasadora (11 vitórias, dois empates e apenas uma derrota), conquistou o primeiro titulo de campeão carioca de sua História. Com o uniforme preto – ainda sem a faixa diagonal – de gola branca e com uma cruz vermelha, semelhante à da Ordem de Cristo, no lado esquerdo do peito, Nélson, Leitão e Mingote; Nicolino, Claudionor e Artur; Paschoal, Torterolli, Arlindo, Cecy e Negrito foram os 11 vascaínos abusados, alguns deles negros e mulatos, que quebraram definitivamente a hegemonia de América, Fluminense, Botafogo e Flamengo, clubes nos quais atuavam somente jogadores brancos. Esses pioneiros deixaram claro, com a conquista do Carioca daquele ano, que o Vasco chegava não apenas para se transformar em um dos gigantes do esporte nacional, mas, sobretudo, para romper preconceitos e ajudar o futebol a ganhar dimensão nacional. Até a ascensão do Vasco havia, no Rio, uma linha divisória que separava os grandes clubes da Zona Sul – Fluminense, Botafogo e Flamengo – das pequenas agremiações que se espalhavam pelos subúrbios da cidade. O máximo que os grandes permitiam à Zona Norte, até aquele momento, era ter o América em seu convívio, como o representante da elite tijucana. As grandes partidas se realizavam no ambiente refinado, de maneirismos ingleses, estádio do Fluminense Football Club, em Laranjeiras, diante de plateias que exibiam chapéus, bengalas e vestidos longos.

Mas, no outro lado da cidade, nos campos suburbanos, o Vasco iniciava sua arrancada. Em apenas seis anos os vascaínos deixaram os degraus inferiores e chegaram à Primeira Divisão da Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT), prontos para disputar e ganhar o campeonato de 1923. A explicação desse rápido sucesso estava nos negros, mulatos e brancos, pobres e bons de bola, que o Vasco havia recrutado nos campos de subúrbio, numa época em que o futebol era oficialmente amador. Para mantê-los no time, comerciantes portugueses os registraram como empregados em seus estabelecimentos. Era a maneira de burlar a exigência do amadorismo, que estava com os dias contados. Registros comprovam que o pagamento a jogadores já era prática corrente em 1915. Junto com as vitórias sobre os pequenos e os representantes da elite (Fluminense, Flamengo, Botafogo e América, vencidos em série) surgiu o apelido de camisas negras, dado pela imprensa àquele time da Zona Norte, que ia adquirindo fama de imbatível. A equipe tinha como técnico o uruguaio Ramón Platero, que chegara ao Rio com a novidade da preparação física. Na campanha irresistível dos camisas negras, o 8 de julho de 1923 viria a se tornar uma data histórica. Nesse dia, o Vasco entrou no campo de Laranjeiras para enfrentar o Flamengo, na terceira rodada do returno. Derrotados anteriormente pelos vascaínos, Fluminense, Botafogo e América uniram suas torcidas à flamenguista. Todos contra um, era a hora da revanche. A partida foi disputadíssima. O Flamengo vencia por 3 a 2, quando nos minutos finais o ponta-direita Paschoal marcou o que seria o gol de empate. Mas o juiz Carlito Rocha, que mais tarde seria presidente do Botafogo, anulou o gol, que para muitos foi legítimo. A derrota não impediu que o Vasco levasse a taça de campeão, com vitória de 3 a 2 sobre o São Cristóvão, depois de estar perdendo por dois gols. Como era de hábito no time comandado por Ramón Platero, a virada aconteceu no segundo tempo. O medo de que os camisas negras repetissem a façanha no ano seguinte levou os grandes clubes a abandonar a Liga Metropolitana, em 1924. Fluminense, Botafogo e Flamengo, com apoio do Bangu e do São Cristóvão, criaram a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (AMEA). Os estatutos da entidade continham cláusulas absurdas, nas quais ficava evidente a falsa nobreza do alegado espírito amador. O impedimento à inscrição de jogadores sem profissão definida e analfabetos tinha como alvo a vitoriosa equipe do Vasco, que reunia negros e pobres. Assim como o veto ao ingresso na AMEA de clubes que não tivessem estádios.

Depois de atropelar os adversários no ano anterior, em 1924 o Vasco já era o inimigo número 1 das demais torcidas cariocas. Um rival a ser batido, de qualquer maneira. E já que era difícil batê-lo em campo, os dirigentes dos clubes rivais resolveram investigar as atividades profissionais e sociais dos camisas negras, uma vez que o futebol ainda era amador e os jogadores não podiam receber salário por praticarem o esporte. Um verdadeiro golpe para tirar o Vasco das disputas.

Na verdade, o que não agradava os adversários era a origem daqueles jogadores: um time formado por negros, mulatos e operários, arrebanhados nas áreas pobres da cidade do Rio de Janeiro.

Depois de esgotadas todas as possibilidades de retirar o Vasco da disputa, por intermédio do regulamento da Liga Metropolitana, os adversários apelaram para a criação de uma nova entidade, a Associação Metropolitana de Esportes Athléticos (AMEA) e recusaram a inscrição dos vascaínos. Segundo os dirigentes adversários, o time cruzmaltino era formado por atletas de profissão duvidosa e o clube não contava com um estádio em boas condições.

Nesse contexto, a AMEA solicitou ao Vasco que excluísse doze de seus jogadores da competição que, não por coincidência, eram todos negros e operários. O Club de Regatas Vasco da Gama recusou a proposta prontamente. E através de uma carta histórica (imagem) de José Augusto Prestes, então presidente cruzmaltino, o Gigante da Colina mostrou sua total indignação à discriminação racial: “Estamos certos de que Vossa Excelência será o primeiro a reconhecer que seria um ato pouco digno de nossa parte sacrificar, ao desejo de filiar-se à Amea, alguns dos que lutaram para que tivéssemos, entre outras vitórias, a do Campeonato de Futebol da Cidade do Rio de Janeiro de 1923 (…) Nestes termos, sentimos ter de comunicar a Vossa Excelência que desistimos de fazer parte da AMEA”. Vítima do racismo de seus adversários, restou ao Vasco disputar, com outros times de menor expressão, o campeonato da abandonada Liga Metropolitana de Desportos Terrestres.

Nesse dia histórico, o futebol brasileiro começou a ser do povo. Começou a forjar a tolerância, traço fundamental da cultura brasileira, que possibilitou a diversidade e a riqueza racial e cultural que vivenciamos hoje. No ano de 1923 começou a ser possível conhecermos Pelé, Garrincha, Didi, Barbosa, Romário e tantos e tantos outros talentos inigualáveis do nosso esporte. E o Vasco deu o seu mais importante passo para ser o gigante no qual ele se tornou.

Uma agremiação que lutou sempre contra qualquer tipo de discriminação.