terça-feira, 26 de abril de 2022

Alerta de perigo de golpe: Victoria Nuland, organizadora do golpe de Estado na Ucrânia está no Brasil


 

Victoria Nuland, uma das articuladoras do golpe na Ucrânia em 2014 e presente nos governos Clinton, Bush e Obama, também foi peça chave nas invasões do Iraque e do Afeganistão

 A Subsecretária de Estado para Assunto Políticos dos EUA, Victoria Nuland, está no Brasil para a realização de duas agendas: "Encontro com jovens empreendedores do Brasil" e "Diálogo de Alto Nível Brasil-Estados Unidos da América". Poderia ser apenas uma visita sem qualquer relevância, mas, dado ao currículo de Nuland e ao atual contexto político do Brasil e da América Latina, a agenda oficial parece esconder os reais objetivos de tal missão diplomática. 

A decisão de Jair Bolsonaro de indultar o deputado fora da lei Daniel Silveira, do PTB-RJ, deve ser entendida, seriamente, como uma provocação para desestabilizar o processo eleitoral em curso. Visa a escalar uma crise artificial com o Supremo Tribunal Federal (STF) , mas também com o Tribunal Superior Eleitora (TSE), tendo em vista que, por determinação do Palácio do Planalto, o Ministério da Defesa tem esgrimido uma polêmica com a Justiça Eleitoral questionando a segurança das urnas eletrônicas, no formato atual.

 

Ao indulto excepcional de Daniel Silveira deve ser juntado o fato político, extremamente grave, que é a chegada ao Brasil, da subsecretária de Assuntos Políticos dos EUA, Victoria Nuland, organizadora do golpe de Estado da Praça Maidan, na Ucrânia, em 2014, resultando no surgimento de um governo neonazista anti-Rússia, desembocando na guerra atual da Otan contra a nação eslava, com todo o apoio dos EUA. Nuland vem ao Brasil para participar de um Diálogo de Alto Nível Brasil-EUA, e traz, na bagagem, o subsecretário de Crescimento Econômico, Energia e Meio Ambiente, José Fernández, exatamente, no momento em que os aliados europeus na guerra contra a Rússia se encontram na eminência de se verem privados do acesso ao petróleo e ao gás russo, caso não aceitem fazer o pagamento em rublos, como, evidentemente, é uma prerrogativa de Moscou para vender suas matérias primas, em face da falta de lastro do dólar.

 Assim, o contexto em que se verificam as agressões de Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal, ao TSE, acompanhadas de declarações hostis por parte do Presidente do Supremo Tribunal Militar, bem como do presidente do Clube Militar do Rio de Janeiro, conforma, com a chegada de dois representantes diretos de Biden ao Brasil, no mínimo configuram pressão para que o governo brasileiro seja mais alinhado e submisso possível, seja em relação ä guerra da Otan contra a Rússia, mas também em relação ao Venezuela.

 

É a partir do contexto biográfico que a visita misteriosa de Nuland deve ser lida e analisada. 

Por meio de suas redes sociais, Victoria Nuland divulgou algumas fotos de seu encontro com "jovens empreendedores" do Brasil. No entanto, e isso também foi notado por alguns internautas, nenhum dos jovens que aparecem nas fotos são conhecidos por trabalhos no tema referido por Nuland. Também não há qualquer menção se são parte de alguma universidade, ONG ou grupo organizado. 

Além do encontro com os "jovens empreendedores", Nuland participou de uma reunião intitulada "Diálogo de Alto Nível Brasil-Estados Unidos da América" que teve como pauta "governança democrática, promoção da prosperidade econômica e fortalecimento em defesa e segurança e promoção da paz e do primado do Direito". O evento não consta na agenda oficial do Ministério das Relações Exteriores do Brasil. 

As forças progressistas brasileiras devem ter uma atenção superespecial à presença dos enviados norte-americanos ao Brasil, tendo em vista que um eventual acordo, envolvendo petróleo, pode ter como moeda de troca uma posição ingerencista da Casa Branca sobre as eleições presidenciais brasileiras, aliás, como é tradição na política intervencionista da nação do norte, todo cuidado é pouco.

Fontes: Revista Fórum e Brasil Popular

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Tiradentes: aquele que foi sem nunca ter sido.


 Do Interino: Joaquim José da Silva Xavier, conhecido na história como Tiradentes, foi enforcado e esquartejado no dia 21 de abril de 1792. Em 1965, durante a ditadura militar,  foi proclamado Patrono Cívico da Nação Brasileira pela Lei 4.867 e é a única pessoa do país homenageada com um feriado na data de sua morte. 

 É falsa a informação que a Inconfidência Mineira lutou para libertação do Brasil de Portugal. Quando a Inconfidência Mineira ocorreu, no século 18, ainda não havia a mesma consciência de Brasil como nação que temos hoje. Logo, eles não buscavam libertar todos os estados brasileiros do domínio da Coroa Portuguesa. O movimento tinha motivações específicas da região das minas, e atingia no máximo os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. 

O que fez as pessoas se reunirem enquanto grupo e se voltarem contra a coroa foi o fato de terem sido prejudicados política e financeiramente por uma série de motivos. Alguns deles perderam cargos políticos e a possibilidade de praticarem negócios legais e ilegais que poderiam enriquecê-los. “Tiradentes, por exemplo, que era militar, não foi promovido a Comandante do destacamento da Serra da Mantiqueira”. Era por essa serra que o ouro de Minas Gerais chegava até São Paulo. Logo, sendo comandante militar da região, ele poderia contrabandear algum ouro em benefício próprio.

 Apesar de ter tido um papel muito importante, Tiradentes nunca foi líder. “Foi ele quem levou as discussões que ocorriam em reuniões privadas para um ambiente mais público, como sítios, prostíbulos, tavernas. E como ele não era uma pessoa tão bem relacionando quanto os outros inconfidentes, era o de classe mais baixa entre eles e não pertencia ao grupo de letrados, foi usado como bode expiatório”

Alguns historiadores afirmam que ele se entregou para salvar seus companheiros mas na verdade ele foi entregue. Em uma espécie de delação premiada, o coronel Joaquim Silvério dos Reis, que inclusive era amigo de Tiradentes, denunciou os colegas às autoridades da Coroa Portuguesa para obter o perdão de suas dívidas.

Texto retirado de relatos de  Luiz Carlos Villalta, professor do departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais .

Fonte: Nova Escola

domingo, 3 de abril de 2022

Mais uma corrupção no governo que não tem corrupção.


 Segundo documentos obtidos pelo jornal Estadão, o governo Bolsonaro abriu um processo de licitação para pagar R$ 480 mil por ônibus escolar destinado ao transporte de estudantes em áreas rurais. Técnicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no entanto, apontaram que cada veículo deveria custar no máximo R$ 270 mil.

 

Ao todo, o MEC pretende adquirir 3.850 ônibus, que pelo valor estabelecido no processo de licitação custariam R$ 2,082 bilhões. Esse valor representa R$ 769 milhões a mais do que o custo real dos veículos - uma diferença de 54%

"A discrepância das cotações apresentadas pelos fornecedores em relação ao preço homologado do último pregão, do ano passado, implica em aumento não justificado do preço, sem correspondente vinculação com as projeções econômicas do cenário atual", diz relatório da área técnica do FNDE. 

O superfaturamento na compra dos ônibus também foi apontado em parecer da Controladoria Geral da União (CGU). Quem assina o processo de licitação, que foi autorizado, é Garigham Amarante, diretor de Ações Educacionais do MEC, indicado por Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, legenda de Jair Bolsonaro.

Já está apelidado de "bolsolão do busão" mais esse escândalo de corrupção do governo.