quinta-feira, 29 de outubro de 2020

A saúde mental de Bolsonaro está cada vez pior.

 Imagem: Reprodução 


Bolsonaro diz que Covid-19 pode ser vírus da “guerra nuclear bacteriológica” que escapou de laboratório


Jair Bolsonaro afirmou a um apoiador na noite desta quarta-feira (28), em frente ao Palácio do Alvorada, que a pandemia do coronavírus pode ser resultado de uma “guerra nuclear bacteriológica” entre os países e que Covid-19 pode ter “escapado” de um laboratório.

O homem havia questionado Bolsonaro se a pandemia é algo criado estrategicamente para “derrubar” a economia dos países. “Eu não posso falar isso”, respondeu o presidente. “Os países se preparam para a guerra. Até com bombas, né. Aí tem a guerra nuclear bacteriológica. Pessoal mexe com vírus de laboratório. Pode ter escapado isso aí”, completa.

Em seguida, o apoiador questiona sobre o conceito de “ordem mundial”, e Bolsonaro responde: “Isso existe, lógico. Eu não quero entrar em detalhes, se não tivesse ninguém gravando aqui eu falaria mais coisas, mas como está gravando eu vou evitar falar”, afirma, em tom irônico.

No mesmo encontro com apoiadores, Bolsonaro também comentou sobre o preço da hidroxicloroquina no “câmbio negro”. Medicamento é defendido pelo presidente como solução contra a Covid-19, mas não tem eficácia comprovada pelas autoridades de saúde.

“Aqui, a hidroxicloroquina, em Brasília, custava R$ 60 a caixinha de 30 comprimidos, passou a R$ 900 no câmbio negro, não na farmácia. Vendia por fora. Você compra, né? Tá precisando, pô”, afirma.

Fonte: Revista Fórum

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Valeu a pressão popular: Bolsonaro recua no decreto contra o SUS

 Adriano Machado/Reuters



 Jair Bolsonaro anunciou na tarde desta quarta-feira (28) que irá revogar o polêmico Decreto Nº 10.530, que abria espaço para a privatização de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). O texto foi alvo de críticas de parlamentares – que buscavam derrubar o decreto no Congresso -, ex-ministros da Saúdeex-presidentes e do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Segundo informações do jornalista Leandro Magalhães, da CNN Brasil, o presidente decidiu voltar atrás após a forte repercussão negativa.

Decreto Nº 10.530 diz o seguinte: “Fica qualificada, no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República – PPI, a política de fomento ao setor de atenção primária à saúde, para fins de elaboração de estudos de alternativas de parcerias com a iniciativa privada para a construção, a modernização e a operação de Unidades Básicas de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.

Para o presidente do CNS, Fernando Pigatto, o texto tinha intenção privatista. “Nós, do Conselho Nacional de Saúde, não aceitaremos a arbitrariedade do presidente da República, que no dia 26 editou um decreto publicado no dia 27, com a intenção de privatizar as unidades básicas de saúde em todo o Brasil”, disse Pigatto em vídeo.

Fonte: Revista Fórum


VERGONHA: Racismo explícito da polícia paulista

 Imagem: Heitor Salatiel/Divulgação



A Caminhada São Paulo Negra, um city tour organizado pela Black Bird Viagem que ocorre semanalmente para contar a história de lugares e personagens negros de São Paulo, acabou com o grupo de 12 participantes constrangidos pela Polícia Militar.

O fato ocorreu no sábado (24), a partir das 10h, no início do trajeto. Na ocasião, o grupo estava na Praça da Liberdade (região central), quando foi abordado por quatro policiais militares.

“Eles disseram que tinham recebido um ofício informando que ocorreria uma manifestação do movimento negro e iriam acompanhar. Um dos guias explicou que se tratava de um passeio turístico, comprovando com documentos, como CNPJ da empresa e anúncio do passeio, mas eles ignoraram, e dois policiais de moto começaram a nos seguir”, conta o jornalista e idealizador da caminhada, Guilherme Soares Dias, 35. (…)

Ao final da caminhada, os PMs solicitaram que os responsáveis pelo grupo assinassem um ofício para comprovar que acompanharam o evento, mas os líderes do passeio não concordaram.

Fonte: Folha de São Paulo

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Gracias compañero Mujica

 Imagem: Reprodução


Mujica se despede do Senado no Uruguai: “Há um tempo para chegar e outro para ir-se na vida”

Aplaudido de pé, o senador José Alberto Mujica Cordano, ou simplesmente Pepe Mujica, se despediu nesta terça-feira (20) do parlamento uruguaio agradecendo “tanto reconhecimento”.

“Tenho que agradecer por tanto reconhecimento. Devo agradecer porque há um tempo para chegar e outro para ir-se na vida”, afirmou Mujica, ressaltando que há 26 anos “o suportam” ali.

Presidente entre 2010 e 2015 e símbolo do combate à ditadura militar no Uruguai, Pepe Mujica, que tem 85 anos, afirmou que deixa o Senado em razão de sua saúde diante da pandemia, mas não a política em sua carta de renúncia.

“Isso [a renúncia ao cargo] não significa o abandono da política, mas sim que vou deixar a primeira fila por entender que um bom dirigente deixa-se substituir por pessoas em melhores condições”.

Fonte: Revista Fórum


segunda-feira, 19 de outubro de 2020

A 13ª edição da MOSCA - Mostra Audiovisual de Cambuquira já tem data.


13ª edição da MOSCA - Mostra Audiovisual de Cambuquira em formato totalmente online será realizada de 27 de Novembro a 12 de Dezembro.

Segundo informação colhida na página da Mostra, no Facebook, em breve será divulgada a seleção. Foram 2.982 filmes inscritos, entre brasileiros e internacionais.

“Diante dos novos desafios, estamos trabalhando para fazer a MOSCA neste novo formato mantendo o espírito coletivo, o incentivo ao debate, o diálogo com todas as idades, o fomento às atividades culturais, a preservação da memória de Cambuquira e dos cambuquirenses e o entusiasmo pela nova safra de filmes e seus realizadores”, é a informação da organização da mostra.

 

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

PF encontra dinheiro escondido na bunda do vice-líder do governo no Senado


A Polícia Federal deflagrou em Boa Vista (RR), na manhã de ontem (14), a operação Desvid 19, que apura um esquema de desvio de recursos públicos, oriundos de emendas parlamentares, destinados ao combate da pandemia do coronavírus.

Um dos alvos da operação foi o vice-líder do governo Bolsonaro no Senado, o senador Chico Rodrigues (DEM-RR). Os policiais estiveram na casa do parlamentar e, segundo a revista Crusoé, os detalhes são escatológicos.

De acordo com a revista, foram encontrados na casa do senador cerca de R$ 30 mil em dinheiro vivo, e boa parte desse valor estaria escondido na cueca de Rodrigues. Ao averiguarem as cédulas nas partes íntimas do senador, os agentes teriam se dado conta de que ele também estaria escondendo dinheiro entre as nádegas. A publicação diz ainda que algumas notas estariam, inclusive, sujas de fezes.

Léo Índio, sobrinho do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ), é assessor parlamentar de Chico Rodrigues.

O primo do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) tem o cargo “SF02”, um dos mais altos do Senado, com salário de R$ 22.943,73 mensais.

Rodrigues ainda não se manifestou sobre a informação trazida pela revista Crusoé. Confira a íntegra da reportagem aqui.

 

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Bacurau recebe seis troféus do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro



 “Bacurau”, de Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, foi o grande vencedor da cerimônia do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro deste domingo (11), conquistando seis troféus, entre eles o de melhor filme, direção e roteiro original. Ele concorria em 15 categorias.

Além de “Bacurau”, outros dos favoritos da noite foram “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz, com cinco troféus, e “Simonal”, de Leonardo Domingues, com quatro. Ainda se destacaram a biografia “Hebe – a Estrela do Brasil” e o documentário “Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar”, de Marcelo Gomes.

Laudelina Campos de Melo, a heroína negra que lutou para garantir direitos às domésticas no Brasil



 Líder sindical teve uma trajetória que combinou luta por valorização do emprego doméstico, feminismo e ativismo pela igualdade racial.

Por Amauri Terto, do HuffPost Brasil

Nascida em 12 de outubro de 1904, Laudelina entrou para a história como a criadora do primeiro sindicato das domésticas do Brasil.

A Proposta de Emenda Constitucional 66/2012, a PEC das Domésticas, foi aprovada em 2013. Por meio dela, a categoria passou a ter uma série de direitos garantidos, incluindo carteira assinada, FGTS, seguro desemprego, férias remuneradas e adicional noturno.

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), existem hoje no Brasil cerca de 7,2 milhões de trabalhadores domésticos. Desse total, 93% são mulheres. E dessas mulheres, 62% são negras.

A aprovação da emenda foi motivo de comemoração para milhares de trabalhadoras, que passaram a ter condições mais dignas de trabalho. Do outro lado, os empregadores se sentiram ameaçados com que chamaram de “encarecimento do serviço”.

Para além desse embate, importa ressaltar a conquista de direitos de todas as domésticas passa fundamentalmente pela história de uma mulher negra: Laudelina Campos de Melo.

Criadora do sindicato das domésticas de Campinas, em 1936, o primeiro do Brasil, ela teve uma trajetória que combinou, de forma singular, a luta pela valorização do emprego doméstico, o feminismo e ativismo pela igualdade racial.

Laudelina nasceu em Poços de Caldas, Minas Gerais, em 1904. Sua mãe era empregada doméstica e doceira na cidade. Ela perdeu o pai, que era lenhador, aos 12 anos em um acidente de trabalho e teve que abandonar a escola ainda no primário para cuidar dos cinco irmãos menores e ajudar a mãe nos preparos dos doces.

Antes de completar de completar 18 anos, Laudelina teve sua primeira experiência como empregada doméstica. Nesse momento nasceu a indignação com o cotidiano marcado pelo racismo dos patrões, além da exploração e más condições do trabalho doméstico.

Aos 20 anos, Laudelina se mudou para Santos, em São Paulo, onde continuou a trilhar o mesmo caminho da mãe empregada doméstica e deu sequência à jornada de ativismo, passando a integrar o Grupo da Frente Negra, que reunia entidades que lutavam por melhores condições político e culturais para a população negra.

No litoral de São Paulo, ela conheceu e se casou com Geremias Henrique Campos Mello. O casal se mudou para Campinas, onde tiveram dois filhos, se separaram posteriormente e onde Laudelina aprofundou sua luta em prol das trabalhadoras domésticas.

Laudelina Campos de Melo morreu dia 22 de maio de 1991, em Campinas. Dois anos antes foi criada a ONG Casa Laudelina de Campos Mello, que busca honrar o legado da líder sindical. A entidade promove ações focadas no empoderamento, na autonomia econômica, na produção e troca de conhecimentos e também formação e qualificação profissional de mulheres negras.

Fonte: Portal Geledés

sábado, 10 de outubro de 2020

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA OFICINA GRATUITA "SET MOSQUINHA / MOSQUITIN" PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE 04 A 17 ANOS


MOSCA - Mostra Audiovisual de Cambuquira lança a oficina Set Mosquinha / Mosquitin de introdução à produção audiovisual para crianças e adolescentes de 04 a 17 anos. O encontro virtual acontecerá no dia 17 de outubro, sábado, das 09h30 às 15h45 com tempos de intervalos para os alunos criarem e produzirem. A aula será ministrada por Mariana Vieira, escritora, roteirista, editora de som e professora de oficinas de video.

A oficina irá ensinar conceitos básicos da produção audiovisual, estimulando a criação e produção de pequenos curtas-metragens de até 5 minutos pelos jovens realizadores. Também fará parte do encontro o estímulo do desenvolvimento de análise do audiovisual que as crianças e adolescentes consomem regularmente; entretenimento e troca entre os alunos durante a oficina e a exibição; incentivo do uso criativo das redes sociais pelos jovens como produtores de conteúdo e não apenas consumidores.

Na semana seguinte à oficina, em 24 de outubro, sábado, 15h00, os filmes produzidos a partir da oficina e que autorizarem a exibição serão apresentados na 2ª Mostra Mosquinha / Mosquitin no Youtube da MOSCA

Após a sessão, os jovens realizadores, familiares e convidados que quiserem poderão participar de bate-papo virtual para contarem sobre seus processos criativos numa discussão de encerramento da atividade.

Saiba mais sobre o conteúdo, cronograma e inscreva-se em http://www.mostramosca.com.br/oficina

 

OLAVO DE CARVALHO MENTIU À RECEITA FEDERAL PARA MOVIMENTAR DINHEIRO QUE RECEBE NO BRASIL

 Imagem: Reprodução


OLAVO DE CARVALHO mora no sul dos Estados Unidos há 15 anos, mas mentiu à Receita Federal que ainda é residente no Brasil. Guru dos filhos e seguidores de Jair Bolsonaro, o autodeclarado filósofo informou no imposto de renda de 2018 que mantém residência no Brasil em uma casa que alugou em Curitiba até 2002. Mas o imóvel tem hoje outros moradores, que sequer sabem quem é ele.

Sem declarar a saída definitiva do Brasil, Olavo pode movimentar dinheiro no país como se morasse aqui, o que facilita suas campanhas de arrecadação. E faz isso. Ao menos desde 2006, quando já morava nos EUA, o guru bolsonarista indica os dados de uma conta em nome dele na agência do Itaú nas Mercês, mesmo bairro em que diz à Receita Federal que reside, sempre que pede dinheiro em suas lives na internet.

Brasileiros que moram no exterior podem ter contas bancárias para movimentar dinheiro no Brasil. Mas não de qualquer tipo. O Banco Central, o Bacen, manda que seja um tipo especial de conta, que é vigiada de perto pelas autoridades para evitar o risco de evasão de divisas e, por isso, custa muito mais caro para ser mantida.

A mentira à Receita, ao Itaú e ao Banco Central pode configurar fraude, afirmam especialistas em contabilidade e direito tributário com quem conversamos. Além disso, poderia motivar uma investigação do Banco Central sobre o Itaú, que por pelo menos 12 anos permitiu – e talvez ainda permita – a um cliente famoso manter um endereço desatualizado em seu cadastro bancário e pagar as mesmas tarifas cobradas de um residente brasileiro.

Fonte: The Intercept Brasil

Assista o vídeo e leia a matéria completa. →


sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Saiba quem foi Brilhante Ustra, ídolo de Bolsonaro e um grande homem segundo Mourão

 Imagem: Sérgio Lima/Folhapress


Sessões de torturas em centenas de pessoas que aconteceram em São Paulo, no Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi), sob o comando do coronel Ustra na ditadura militar, período em que foram contabilizadas 434 mortes  e desaparecimentos no país, segundo a Comissão Nacional da Verdade.

Em 2013, quando foi depor na Comissão Nacional da Verdade, décadas após o fim da ditadura, Ustra mostrou sua faceta dissimulada e mentirosa ao afirmar que não houve mortes dentro das instalações que comandava.

“[O Doi-Codi] foi um organismo de repressão política construído pela ditadura que misturava agentes da polícia civil, da polícia militar e do Exército com uma certa informalidade e agilidade necessária para que eles pudessem agir com a intensidade e brutalidade que agiram. O principal instrumento utilizado foi a tortura das pessoas que eram presas suspeitas,  envolvidas com a luta armada ou que tinham algum contato com elas. E são muitos os relatos que envolvem o nome do comandante Ustra na condução dessas torturas”, explica José Carlos Moreira da Silva, professor de Direito da PUC-RS.

Sob o comando de Ustra, o terror da tortura não poupou nem crianças.

“Neste caso da família Teles, que é um caso terrível porque os pais do Edson Teles e da Janaina Teles, na época o Edson tinha 4 anos de idade e a Janaina 9, eles foram torturados brutalmente e os filhos foram levados até as dependências do Doi-Codi e viram as pessoas torturadas e seus pais machucados. Num primeiro momento não os reconheceram. Eles ficaram ali durante um tempo sem a presença de nenhum parente e nenhuma pessoa conhecida sendo utilizados como moeda de troca para que os pais, a Amelinha Teles e o César Teles, pudessem falar o que eles [torturadores] queriam ouvir”, disse o professor e membro da ABJD (Associação Brasileira de Juristas pela Democracia).

O caso da tortura da família Teles, em 2008, deu origem à primeira condenação que confirmou como torturador o chefe do Doi-Codi e herói do Bolsonaro. O Brasil é signatário de acordos internacionais que condenam a prática da tortura desde o final da Segunda Guerra Mundial, com a assinatura da Convenção de Genebra. Por isso, as atrocidades comandadas por Ustra e exaltadas por Bolsonaro também eram ilegais, independentemente de quem eram ou o do que fizeram os torturados.

Membro da Comissão da Anistia por mais de dez anos, julgando casos de perseguidos políticos e pessoas que foram presas na ditadura militar, o jurista Prudente Mello tomou conhecimento de centenas de processos que apontavam o coronel Ustra como um dos principais agentes da tortura na ditadura militar.

"Era muito comum ouvir das pessoas que passavam por lá [comissão da anistia], que foram torturados, reportando sobre o coronel Brilhante Ustra e as práticas de tortura que ele foi responsável. Os relatos ao longo dos processos de pessoas torturadas dão conta disso. Realmente não tem como esconder ou tentar invisibilizar este personagem que foi um personagem triste na história do Brasil. Nós temos que aprender com os erros que foram praticados e cometidos até mesmo para que eles não voltem a se repetir”, disse.

A atriz Bete Mendes foi uma das vítimas do ídolo do Bolsonaro:

"Fui seqüestrada. presa e torturada nas dependências do DOI-Codi do II Exército, onde o major Brilhante Ustra (dr. Tibiriçá) comandava sessões de choque elétrico, pau-de-arara, 'afogamento', além do tradicional "amaciamento” na base dos 'simples' tapas, alternado com tortura psicológica. Tive sorte, reconheço, senhor ministro: depois de tudo, fui julgada e considerada inocente em todas as instâncias da Justiça Militar, que, por isso, me absolveu; e aqueles inocentes, como eu, cujos corpos eu vi, e que estão nas listas de desaparecidos?” declarou.

Quando morreu, em outubro de 2015, o coronel Ustra morava em uma casa de alto padrão em uma área nobre de Brasília.


30° Cine Ceará anuncia os selecionados para as Mostras Competitivas

 Foto: Las Buenas Intenciones, filme argentino premiado nos festivais de Havana e Sán Sebastian



O 30º Cine Ceará anunciou os 7 filmes selecionados para a Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem e os 15 que vão compor a Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem. Devido à pandemia de covid-19, a exibição será em formato presencial em Fortaleza e online no Canal Brasil - no serviço de streaming Canais Globo.

Foram escolhidos sete longas-metragens inéditos no Brasil, sendo cinco com passagens por importantes festivais do mundo e dois brasileiros em première mundial. Dos oito diretores da mostra, quatro são mulheres, com destaque para o premiado A Meia Voz (La Media Voz), de Patricia Pérez Fernández e Heidi Hassan, documentário autobiográfico vencedor de um dos principais festivais de documentário do mundo, o IDFA, na Holanda, e que conquistou também o prêmio de melhor filme no Festival de Havana, e de direção, no Festival de Málaga.

Outro longa reconhecido internacionalmente que está na lista é a coprodução Chile-Espanha-França-Alemanha Branco no Branco (Blanco en Blanco), de Théo Court, que garantiu prêmios nos festivais de Veneza, Toulouse, Havana e Minsk (Bielorrússia). Já o documentário Era Uma Vez na Venezuela (Érase una vez en Venezuela), de Anabel Rodríguez, coprodução Venezuela-Reino Unido-Áustria-Brasil, passou pelos festivais de Sundance, Miami, Venezuela, Toronto e pelo HotDocs (Canadá), e chega agora ao Brasil. Assim como o argentino As Boas Intenções (Las Buenas Intenciones), de Ana García Blaya, exibido no Festival de Toronto e vencedor de prêmios nos festivais de San Sebastián e Havana.

Representando o Brasil está o longa A Morte Habita à Noite, de Eduardo Morotó, que terá sua primeira exibição no país, depois de participar do Festival de Rotterdam. Além de dois filmes em première mundial, o documentário Nazinha Olhai Por Nós, de Belisario Franca (“Menino 23”), coprodução GloboNews e Globo Filmes sobre presidiários que aguardam um indulto para celebrar o Círio de Nazaré, e a ficção Última Cidade, de Victor Furtado, do Ceará. A curadoria da competitiva de longas ficou a cargo de Margarita Hernandez, diretora de programação do evento. O cineasta Wolney Oliveira é o Diretor Executivo do festival desde 1993.

Para a Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem os curadores Mariana Medina e Telmo Carvalho selecionaram 15 filmes dentre os 900 inscritos. Foram escolhidos representantes de nove estados do Brasil, dos 25 que enviaram seus curtas. Entre os filmes, estão dois pernambucanos, o premiado Inabitável, de Matheus Farias & Enock Carvalho, com Luciana Souza (“Bacurau”) e A Nave de Mané Socó, de Severino Dadá. Os cearenses A beleza de Rose, de Natal Portela, e o documentário Não te amo mais, de Yasmin Gomes, também concorrem.

Representando o Rio De Janeiro estão Nós, de Hugo Moura e Ricardo Burgos, e o documentário O Babado da Toinha, de Sérgio Bloch. De São Paulo participam os filmes 5 estrelas, de Fernando Sanches, A volta pra casa, de Diego Freitas, com Lima Duarte, e Desaparecido, de Gabriel Calamari. Do Rio Grande do Sul estão na disputa o experimental Magnética, de Marco Arruda e Vista para dias nublados, de Ana Luísa Moura. Completam a lista o documentário O sal da vida, de Danilo Carvalho, do Piauí, O Barco e O Rio, de Bernardo Ale Abinader, do Amazonas, Parabéns a Você, de Andreia Kaláboa, do Paraná, e o paraibano Quitéria, de Tiago A Neves, premiado em diversos festivais.


LISTA DOS SELECIONADOS

OS LONGAS DA COMPETITIVA IBERO-AMERICANA

A Meia Voz (A Media Voz). Direção: Patricia Pérez Fernández e Heidi Hassan. Documentário. 80 min. Espanha-França-Suíça-Cuba. 2019. Livre. Première Brasil

A Morte Habita à Noite. Direção: Eduardo Morotó. Ficção. 94 min. Brasil. 2020. 12 anos. Première Brasil

Última Cidade. Direção: Victor Furtado. Ficção. 70 min. Brasil. 2020. Livre. Première Mundial

Branco no Branco (Blanco en Blanco). Direção: Théo Court. Ficção. 100 min. Chile-Espanha-França-Alemanha. 2019. 12 anos. Première Brasil

Era uma vez na Venezuela (Érase una vez en Venezuela). Direção: Anabel Rodríguez. Documentário. 90 min. Venezuela-Reino Unido-Áustria-Brasil. 2020. 12 anos. Première Brasil

As Boas Intenções (Las Buenas Intenciones) Direção: Ana García Blaya. Ficção. 83 min. Argentina. 2020. Livre. Première Brasil

Nazinha Olhai Por Nós. Direção: Belisario Franca. Documentário. 87min. 2020. Brasil. 12 anos. Première Mundial

OS CURTAS DA COMPETITIVA BRASILEIRA

5 estrelas. Direção: Fernando Sanches. Ficção. 15 min. São Paulo. 2020.

A beleza de Rose. Direção: Natal Portela. Ficção. 20 min. Ceará. 2020.

A Nave de Mané Socó. Direção: Severino Dadá. Ficção. 18 min. Pernambuco. 2019.

A volta pra casa. Direção: Diego Freitas. Ficção. 16 min. São Paulo. 2019.

Desaparecido. Direção: Gabriel Calamari. Ficção. 21 min. São Paulo. 2020.

Inabitável. Direção: Matheus Farias & Enock Carvalho. Ficção. 20 min. Pernambuco. 2020.

Magnética. Direção: Marco Arruda. Experimental. 16 min. Rio Grande do Sul. 2020.

Não te amo mais. Direção: Yasmin Gomes. Documentário. 10 min. Ceará. 2020.

Nós. Direção: Hugo Moura e Ricardo Burgos. Ficção. 9 min. Rio de Janeiro. 2019.

O Babado da Toinha. Direção: Sérgio Bloch. Documentário. 13 min. Rio de Janeiro. 2020.

O Barco e O Rio. Direção: Bernardo Ale Abinader. Ficção. 17 min. Amazonas. 2020.

O sal da vida. Direção: Danilo Carvalho. Documentário. 3 min. Piauí. 2020.

Parabéns a Você. Direção: Andreia Kaláboa. Ficção. 19 min. Paraná. 2019.

Quitéria. Direção: Tiago A Neves. Ficção. 14 min. Paraíba. 2019.

Vista para dias nublados. Direção: Ana Luísa Moura. Ficção. 11 min. Rio Grande do Sul. 2019.





O que é ser de esquerda


O QUE É SER DE ESQUERDA?
Ser de esquerda não é votar no João ou no Mário. É votar no ideal de fraternidade e solidariedade que João e Mário carregam.
A esquerda não é contra o empresário. A esquerda é contra o desrespeito aos direitos trabalhistas.
A esquerda não é contra a família tradicional. A esquerda apenas tem a consciência de que famílias diferentes da tradicional também são famílias e merecem ter seus direitos protegidos.
A esquerda não quer que você ou seu filho sejam gays. Só quer que vocês respeitem o direito daqueles que são.
A esquerda não está a favor do aborto. E sim, de amparar a mulher na escolha de se quer ter um filho ou não.
A esquerda não está contra os ricos. Mas contra os que acham que têm mais direitos do que os pobres.
A esquerda não é contra a fartura. A esquerda é contra a fome.
A esquerda não defende bandidos. Defende direitos humanos. Se você é humano, nós defenderemos os seus também.
A esquerda não é contra você ter uma mansão. A esquerda é contra pessoas morarem nas ruas ou em casebres.
A esquerda não é contra o capitalismo. A esquerda é contra as desigualdades sociais.
A esquerda não é contra o consumismo. A esquerda é contra a destruição do meio ambiente.
A esquerda não é contra a igreja, mas sim contra os discursos de ódio.
Porque ser de esquerda é lutar por igualdade material. É lutar pelo direito das minorias. Pelo direito dos negros. É lutar pelo direito das mulheres. É lutar pelo direito do trabalhador. É lutar pelo direito de respirar um ar puro.
São democráticos os que têm coragem de lutar pelos direitos dos outros.
Ser de esquerda não é uma opinião política.
É uma FILOSOFIA DE VIDA."