domingo, 20 de outubro de 2024

A literatura pós-colonial moçambicana: "Ninguém matou Suhura", de Lília Momplé

Imagem: Reprodução


Ninguém Matou Suhura,de Lilia Momplé, é a primeira obra da autora moçambicana publicada no Brasil. A editora Funilaria proporciona o encontro com essa obra ficcional que constitui importante testemunho da recente história de Moçambique, propondo uma reflexão aguda do colonialismo português e seus desdobramentos sociais e históricos.

Obra fundamental da literatura pós-colonial moçambicana, Ninguém Matou Suhura  é um livro de contos composto de maneira atípica. Suas cinco narrativas podem ser lidas de modo independente, mas, ao mesmo tempo, estão interconectadas de forma temática, através da representação e da denúncia da violenta experiência colonial dos povos de Moçambique e Angola ao longo do século XX.

Apesar de muito conhecida e estudada nos cursos de literatura africana em expressão portuguesa das universidades brasileiras, este é o primeiro livro de Lília Momplé publicado no Brasil. 


A edição brasileira conta com o prefácio da escritora Cidinha da Silva, “Ninguém matou Suhura, da moçambicana Lília Momplé, é um livro de contos ao qual eu poderia imprimir muitos adjetivos, advérbios e superlativos: surpreendente, cativante, forte, corajoso, contundente, preciso, dissecador, belo, doloroso, desafiador, acachapante, sagaz, corrosivo, destemido”.

Para o professor Anselmo Alós, especialista em literatura moçambicana e na obra de Lília Momplé, que escreve o posfácio, “A beleza de seus contos é diametralmente proporcional à crueza da violência descrita ao longo das páginas de Ninguém matou Suhura”.

Para cada conto há uma ilustração da artista visual, Òkun, que também é a responsável pela ilustração da capa.

Fonte: Nota