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Dados
arqueológicos colhidos nas selvas mexicanas de Campeche indicam vestígios de um
centro urbano complexo da antiga civilização Maia
Um grupo de arqueólogos
fez uma descoberta impressionante no México, as selvas de Campeche, região a sudeste
do país, que faz parte da Península de Yucatán.
Essa região, conhecida por paisagens naturais e
áreas costeiras de biodiversidade rica, com reservas e parques naturais, é um patrimônio
histórico da UNESCO e costumava abrigar construções e
centros urbanos da sociedade Maia. Há diversos sítios
arqueológicos nas proximidades de Campeche, que são importantes
registros da civilização Maia antiga.
Os arqueólogos descobriram ali registros de uma
cidade perdida, batizada de Valeriana, que deve abrir caminhos para outras visões acerca da
sociedade Maia, seus projetos urbanísticos e seus modos de vida.
A descoberta foi feita através do Lidar (Light
Detection and Ranging), uma tecnologia de detecção que utiliza lasers para mapear paisagens
arqueológicas. Foram pelo menos 122 quilômetros quadrados de
dados colhidos por Lidar, inicialmente descobertos em 2013, durante um projeto
de monitoramento florestal.
A cidade antiga
descoberta em Campeche pode datar do período clássico da civilização Maia, que
se estendeu de 250 a 900 d.C., aproximadamente. Durante esse período, as
cidades maias alcançaram seu auge em termos de população, arquitetura e
cultura.
Agora, os pesquisadores
pensam nos próximos passos da pesquisa, que devem envolver uma "análise
quantitativa detalhada" das características arqueológicas avistadas no
sítio e a validação dos dados identificados até agora.
É
apenas um "ponto de partida" para entender melhor os padrões de
organização urbana de uma das civilizações mais antigas do mundo.
Fonte: Revista Fórum