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Na justificativa para a escolha de Han, o comitê da premiação destacou a "prosa poética intensa que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana", no trabalho da escritora.
A premiação expõe uma contradição histórica do Nobel. Embora exista desde 1901, o reconhecimento na literatura só foi concedido a mulheres 18 vezes na história. Entre as 120 pessoas já laureadas, 103 eram homens.
Han Kang alcançou reconhecimento internacional com o livro A Vegetariana, lançado em 2007. A obra foi vencedora do prêmio Man Booker International em 2016, após ser traduzida para o inglês. No mesmo ano, entrou para a lista de melhores livros da revista Time.
A obra conta a história de uma mulher que decide parar de consumir carne após uma série de pesadelos sobre o processo de abate animal. A mudança radical leva a consequências sociais e mentais profundas para a personagem e para o entorno dela.
"Este romance trata da violência humana e da (im)possibilidade de recusá-la. Yeong-hye recusa desesperadamente carne para rejeitar a brutalidade humana de si mesma", afirmou a autora em uma entrevista no ano de 2016 para o site internacional Literary Hub.
Fonte: Brasil de Fato