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O educador baiano Anísio Teixeira foi oficialmente nomeado patrono da
escola pública brasileira, em uma lei sancionada pelo presidente Lula em 15 de
outubro, Dia do Professor.
O educador foi um dos criadores
da escola pública no Brasil e defensor da democratização do ensino e da
transformação social por meio da educação. Sempre defendeu a criação de uma
rede de ensino que atendesse a todos, desde os primeiros anos nas escolas até a
formação universitária.
Nascido
em 1900, em Caetité (BA), Anísio Teixeira formou-se em direito pela
Universidade do Rio de Janeiro, estado do qual foi secretário de Educação.
Jurista, intelectual e escritor, foi muito atuante na década de 1930, quando o
país vivia o auge de um debate em prol da universalização da
escola pública, laica, gratuita e obrigatória. Na época,
integrou o grupo de educadores responsáveis pelo Manifesto dos Pioneiros da
Educação Nova, que propunha a reforma do sistema de ensino brasileiro.
Defendia uma educação construtivista, na qual os alunos atuariam
como agentes transformadores da sociedade. Manifestava constantemente
preocupação com uma educação que fosse “livre de privilégios”, e se dizia
contra a educação como “processo exclusivo de formação de uma elite, mantendo a
grande maioria da população em estado de analfabetismo e ignorância”, motivo
pelo qual se dizia inconformado com a alta taxa de
analfabetismo do país.
Entre o seu legado, está a criação da Universidade do Distrito
Federal, em 1935 e a fundação da Escola Parque (Centro Educacional Carneiro
Ribeiro), em Salvador – instituição considerada pioneira por trazer, em sua
gênese, a proposta revolucionária de educação profissionalizante para as
populações mais carentes.
Foi também foi um dos idealizadores do projeto que resultou na criação
da Universidade de Brasília (UnB), inaugurada em 1961, da qual veio a ser reitor em
1963.
Anísio morreu em 1971, em circunstâncias misteriosas, durante a ditadura
militar.
Fontes: CNN Brasil/Estudantes Ninja