Imagens:MST/BdF
Com incentivo da Lei
Paulo Gustavo, mais de 20 assentados da reforma agrária serão formados no curso
A imagem é um elemento fundamental na construção de memória,
luta e resistência dos movimentos camponeses, mas durante muitos anos, as
histórias foram contadas apenas por terceiros, ainda que parceiros. Mas, cada
vez mais, os movimentos têm se apropriado e profissionalizado na área.
No Sudoeste do Pará, região marcada por violentos conflitos
agrários, pulsa a necessidade de manter viva a trajetória e os modos de vida
camponeses. Pensando nisso, jovens do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras
Sem Terra (MST) que integram o Centro de Formação, Produção e Artes da
Amazônia – o Conduru, criaram o projeto Escola de Cinema no Campo, com o
objetivo de qualificar a formação em audiovisual de acampados e assentados da
reforma agrária.
O projeto foi aberto a qualquer pessoa ligada às áreas de
reforma agrária, independente de atuar ou não na comunicação, por isso abre
portas para a troca de conhecimentos, experiências e olhares, a exemplo da
assentada Carla Pereira, que compõe o setor de Cultura do MST.
“Para mim a experiência que tive foi
impactante, porque na primeira prática da oficina foi entrevistada uma vítima
de Eldorado dos Carajás, algo que mexeu com minha memória afetiva e com o que
eu conhecia limitadamente sobre o Massacre”, aponta Carla.
Além disso, a proposta do projeto é, ainda, fortalecer o setor
de comunicação do MST, que é formado por pessoas que contribuem em todos os
estados de atuação do movimento.
As
informações sobre a Escola de Cinema no Campo, bem como sobre as exibições das
produções podem ser acessadas no Instagram do Centro de Formação Conduru e matéria completa sobre
o assunto no Brasil de Fato.
Fonte: Brasil de Fato - BdF