Imagens: Reprodução
Quem passa pela Rua Barão do Desterro,
na Baixa dos Sapateiros, em Salvador, não tem ideia de que a casa abandonada e
em ruínas, foi onde viveu Carlos Marighella .
Além da restauração
do espaço histórico, será construído um anexo que abrigará um centro de
pesquisa e documentação.
A casa onde Carlos
Marighella, político, guerrilheiro e poeta, viveu ao lado de Clara Charf, sua
companheira de vida e luta, no bairro de Nazaré, em Salvador, será transformada
na sede do Instituto Carlos Marighella. O espaço abrigará atividades culturais
e iniciativas de formação política. O anúncio da transformação foi feito nesta
segunda-feira (4), durante um ato em homenagem ao líder, realizado no endereço
onde ele foi assassinado por agentes da ditadura militar, na Alameda Casa
Branca, região central de São Paulo.
O projeto, há anos reivindicado por militantes e organizações da sociedade civil, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ganhou força com a mobilização de apoiadores. A cerimônia ocorreu no Armazém do Campo, no bairro Campos Elíseos, na capital paulista.
E,
nesta quinta-feira (5), foi lançada uma campanha de apoio financeiro para
viabilizar o projeto de recuperação da casa de Carlos Marighella, que vai
sediar o Instituto Carlos Marighella e Clara Charf. A iniciativa pretende criar
um centro político e cultural de memória, voltado para pesquisa e educação.
Além da
recuperação da casa onde vivia Carlos Marighella, também será construído um
anexo moderno, com linguagem marcadamente contemporânea e ótimas instalações e
condições de trabalho, que abrigará o acervo e atenderá pesquisadores e o
público em geral.
Na
próxima terça-feira (10), a partir das 18h, acontecerá a festa de aniversário
de Carlos Marighella no Galpão Cultural Elza Soares, no centro de São Paulo.