sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Férias

A partir de 1º dezembro entrarei em merecidas férias. Este blog será alimentado por bloqueiros interinos até meu regresso em janeiro.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

VOU-ME EMBORA PRA PASSÁRGADA


Vou-me embora pra Pasárgada/Lá sou amigo do rei/Lá tenho a mulher que eu quero/Na cama que escolhereiVou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada/Aqui eu não sou feliz/Lá a existência é uma aventura/ De tal modo inconseqüente/Que Joana a Louca de Espanha/Rainha e falsa demente/Vem a ser contraparente/Da nora que nunca tive
E como farei ginástica/Andarei de bicicleta/Montarei em burro brabo/Subirei no pau-de-sebo/Tomarei banhos de mar!/E quando estiver cansado/Deito na beira do rio/Mando chamar a mãe-d’água/Pra me contar as histórias/Que no tempo de eu menino/Rosa vinha me contar/Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo/É outra civilização/Tem um processo seguro/De impedir a concepção/Tem telefone automático/Tem alcalóide à vontade/Tem prostitutas bonitas/Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste/Mas triste de não ter jeito/Quando de noite me der/Vontade de me matar/- Lá sou amigo do rei -/Terei a mulher que eu quero/Na cama que escolherei/Vou-me embora pra Pasárgada.

(Manoel Bandeira)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Não estarei em Brasília no período da exposição, mas desejo pleno êxito ao Jonas e espero que os leitores brasilienses de meu blog, prestigiem o evento.

O PODER MUDA A PESSOA

“O poder torna as pessoas estúpidas e muito poder, torna-as estupidíssimas.” (R. Kurz)
O psicanalista Jacques Lacan , observou que a partir do momento em que alguém se vê "rei", ele muda sua personalidade. Um cidadão qualquer quando sobe ao poder, altera seu psiquismo. Seu olhar sobre os outros será diferente; admita ou não ele olhará "de cima" os seus "governados", os "comandados", os "coordenados", enfim, os demais. Estar no poder, diz Lacan, "dá um sentido interiormente diferente às suas paixões, aos seus desígnios, à sua estupidez mesmo". Pelo simples fato de agora ser "rei", tudo deverá girar em função do que representa a realeza. Também os "comandados" são levados pelas circunstâncias a vê-lo como o "rei do pedaço". La Boétie parecia indignado em perceber o quanto o lugar simbólico de poder faz o populacho se oferecer a uma certa "servidão voluntária". Bourdieu chama-nos atenção para a força que o símbolo exerce sobre os indivíduos e grupos. Antes de ocupá-lo, o poder atrai e fascina; depois de ocupado tende a colar a alguns como se lhes fossem eterno. Aí está a diferença entre um Fidel Castro e um Nelson Mandela. O primeiro e a maioria dos ditadores pretendem se eternizar no poder, o segundo, mais sábio, toma-o como transitório, evitando ser possuído pelo próprio. ("Possuído", sim, pois o poder tem algo de diabólico, que tenta, que corrompe, etc). Uma vez no poder, o sujeito precisará de personas (máscaras) e molduras de sobrevivência. A persona serve para enganar a si e aos outros. A moldura, é algo necessário para delimitar simbolicamente a ação dele enquanto representante do poder. A ausência de moldura ou o seu mau uso fará irromper a força pulsional do sujeito que anseia por mais e mais poder, podendo vir a se tornar uma patologia psíquica. A história coleciona exemplos: Hitler, Stalin, Mobutu, Collor de Melo, Pol Pot, Idi Amim, etc. No filme “As loucuras do rei George III”, da Inglaterra, somos levados a perceber duas coisas: o quanto que as pessoas recusavam a idéia de um rei que perdeu a razão em função de uma doença e, que fazer para impedir alguém que representa o poder máximo de uma nação, devido a suas loucuras? O poder faz fronteira com a loucura. Não é sem motivo que muitos loucos se julgam Napoleão ou o Rei Luis XV. Parece que há algo de "loucura narcísica" nas pessoas que anseiam chegar ao poder político (governante de uma cidade, estado ou país, ministro, membro do secretariado local), ou ao poder de uma instituição, empresa, departamento, pequeno setor de uma organização qualquer ou grupo qualquer. O narcisismo de quem ocupa o poder, revela-se na auto-admiração (o amor a si e aos seus feitos), na recusa em aceitar o que vem dos outros e no gozo que ele extrai do poder, que, levado ao extremo poderia revelar loucura. R. Kurz, é direto ao declarar que "o poder torna as pessoas estúpidas e muito poder, torna-as estupidíssimas". O sociólogo Maurício Tragtenberg certa vez observou como muitos intelectuais discursam uma preocupação pelo "social", mas estão mesmo preocupados com a sua "razão do poder". Há uma espécie de "gozo louco" pelo poder, que faz subir a cabeça dos que estão jogando para ganhá-lo um dia. Do ponto de vista psicológico, observa-se que o poder faz o ocupante perder a própria identidade pessoal e assumir outra, contornada pela "fôrma" do próprio poder. Os cargos executivos (presidente, governador, prefeito, diretor, reitor, etc), tem uma fôrma própria, um lugar que marca uma certa diferença em quem a ocupa em relação aos cargos de segundo escalão (ministros, secretários disso e daquilo, chefes de gabinetes, assessores, etc). As "pequenas autoridades" dos escalões inferiores - mas com algum poder - costumam ter atitudes mais protofascistas que as grandes. São mais propensas a "vender sua alma ao diabo" que as grandes para estar no poder. O psicólogo Ricardo Vieira, da UERJ, de quem me inspirei para continuar seu artigo, levanta os quatro primeiros indicadores de mudanças que ocorrem com as pessoas que chegam ao poder. 1) no modo de vestir: o terno, a gravata, o blazer e o tailleur que, antes eram utilizados em circunstâncias especiais, passam a ser usados cotidianamente, mesmo quando não é necessário utilizá-los. Alguns demonstram certo constrangimento em trocar a surrada camiseta e passar a usar um blazer ou uma camisa de linho, pelo menos nas ocasiões especiais. Se antes usava um cabelo comprido, despenteado, logo é orientado a cortá-lo, penteá-lo, dar um trato. Na última eleição para prefeito de Maringá, um candidato foi orientado pelo seu marketeiro para mudar o cabelo enrolado por um penteado de brilhantina. Perdeu a eleição. 2) mudam as relações pessoais: os antigos companheiros poderão ser substituídos por novos, que o leva a sentir-se menos ameaçado. O sentimento persecutório de "ser mal visto", precisa ser evitado a qualquer preço por quem ocupa o poder. 3) altera o tratamento com o outro, que torna-se autoritário com seus subordinados; gritos e ameaças passam a ser seu estilo. Certa vez, perguntaram a Maquiavel se era melhor ser amado que temido? O autor de O príncipe respondeu que "os dois mas se houver necessidade de escolha, é melhor ser temido do que amado". 4) mudam os antigos apoios e alianças. Aqueles que o apoiaram chegar ao poder, transformam-se em arquivos vivos dos seus defeitos. O poder leva a desidentificação com os antigos colegas de profissão. É o caso do presidente FHC e do seu Ministro da Educação Paulo Renato Souza, depois de executivos, ambos não se vêem mais professores. 5) Resistência em fazer auto-crítica. Antes, vivia criticando tudo que era governo ou tudo que constituía como efeito de governo. Mas, logo que passa a ocupar o poder, revela "sua outra face", não suportando a mínima crítica. O poder os torna cegos e surdos a crítica. Uma pesquisa de Pedro Demo, da Universidade de Brasília, constata que os profissionais de academias apreciam criticar a tudo e a todos, mas são pouco eficazes na crítica para consigo mesmos. Enquanto só teorizavam, nada resolviam, mas quando passam a ocupar um cargo que exige ação prática, terá que testar a teoria; agora é que "a prática se torna o critério da verdade". Por falta de referencial e por excesso de idealismo, é freqüente ocorrerem bobagens e repetições dos antigos adversários, tais como: fazer aumentos abusivos de impostos, aplicar multas injustas, discursos cínicos para justificar um ato imoral de abuso de poder, etc. Há um provérbio oriental que diz: "quem vence dragões, também vira dragão". Os sujeitos quando no poder protege-se da crítica reforçando pactos de auto-engano com seus colegas de partido. Reforçam a crença de que representam o Bem contra o Mal, recusam escutar o outro que lhe faz crítica e que poderia norteá-lo para corrigir seus erros e ajudar a superar suas contradições. Se entrincheirarem no grupo narcísico, o discurso político tornar-se-á dogmático, duro, tapado, e podemos até prever qual será o seu futuro se tomar o caminho de também eliminar os divergentes internos e fazer mais ações de governo contra o povo, "em nome do povo". Infelizmente assim é o poder: seduz, corrompe, decepciona e faz ponto cego e surdo nos seus ocupantes temporários.
Raymundo de Lima (Psicanalista)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

10º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários

Com a participação de 65 Partidos, de 55 países realizou-se com êxito emSão Paulo, entre 21 e 23 de Novembro de 2008, o 10º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários. No encontro os 65 partidos adotaram a Proclamação de São Paulo que, perante crise capitalismo, aponta o socialismo como alternativa e uma resolução de solidariedade com os povos da América Latina.


PROCLAMAÇÃO DE SÃO PAULO
O Socialismo é a alternativa!O mundo está confrontado com uma grave crise econômica e financeira de grandes proporções. Uma crise do capitalismo, indissociável da sua natureza própria e das suas insanáveis contradições, porventura a mais grave desde a Grande Depressão iniciada com o crash de 1929. Como sempre são os trabalhadores e os povos as suas principais vítimas. A presente crise é expressão de uma crise mais profunda, intrínseca ao sistema capitalista, que evidencia seus limites históricos e a exigência da sua superação revolucionária. Ela representa grandes perigos de regressão social e democrática e constitui, como a história demonstra, base para movimentos autoritários e militaristas em relação aos quais se impõe a maior vigilância dos Partidos comunistas e de todas as forças democráticas e anti-imperialistas.Ao mesmo tempo que se mobilizam milionários recursos públicos para salvar os responsáveis por esta crise – o grande capital, a alta finança, os especuladores - o que se anuncia para os operários, camponeses, camadas médias e todos quantos vivem do seu trabalho e sufocam sob o peso dos monopólios é mais exploração, mais desemprego, mais baixos salários e pensões, mais insegurança, mais fome e mais miséria. Poderosas campanhas de diversionismo ideológico procuram iludir as reais causas da crise e fechar as portas a saídas no interesse das massas populares e a favor de um novo balanço de forças, uma nova ordem internacional para os trabalhadores, as forças populares, da solidariedade internacional e da amizade entre os povos. As grandes potências capitalistas, a começar pelos EUA, a União Européia e o Japão, com as instituições internacionais que dominam – FMI, Banco Mundial, Banco Central Europeu, Otan e outras – e instrumentalizando a própria ONU, trabalham freneticamente em “soluções”, que sendo elas próprias sementes de novas crises, procuram no imediato salvar o sistema e reforçar os mecanismos de exploração e opressão imperialista. Com o recurso a bodes expiatórios, e insistindo em falsas e já falhadas opções de “regulação”, “humanização” e “reforma” do capitalismo, procura-se mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma. Os partidos do capital demarcam-se apressadamente dos dogmas do “Consenso de Washington” que alimentaram a brutal financeirização da economia. A social-democracia, disfarçando a sua rendição ao neoliberalismo e a sua transformação em pilar do imperialismo, tenta um extemporâneo regresso a medidas de “regulação” de tipo keynesiano que deixam intactas a natureza de classe do poder e as relações de propriedade e que visam objetivamente retirar espaço à afirmação de alternativas revolucionárias dos trabalhadores e dos povos. Mas uma tal perspectiva não é uma fatalidade. Como outros momentos da História já o demonstraram, os trabalhadores e os povos podem, se unidos, determinar o curso dos acontecimentos econômicos, sociais e políticos, arrancar ao grande capital importantes concessões no interesse das massas, impedir desenvolvimentos em direção ao fascismo e à guerra e abrir caminho a profundas transformações de caráter progressista e mesmo revolucionário.O quadro internacional é de uma profunda agudização da luta de classes. A humanidade atravessa um dos momentos mais difíceis e complexos de sua história; uma crise econômica global, que coincide simultaneamente com uma crise energética, outra alimentar e com uma grave crise do meio-ambiente; um mundo com profundas injustiças e desigualdades, com guerras e conflitos. Um cenário de encruzilhada histórica, em que duas tendências antípodas se manifestam. Por um lado, grandes perigos para a paz, a soberania, a democracia, os direitos dos povos e dos trabalhadores. Por outro, imensas potencialidades de luta e de avanço da causa libertadora dos trabalhadores e dos povos, a causa do progresso social e da paz, a causa do socialismo e do comunismo. Os Partidos Comunistas e Operários reunidos no seu 10º Encontro, realizado em São Paulo, saúdam as lutas populares que se desenvolvem por todo o mundo, contra a exploração e a opressão imperialistas, contra os crescentes ataques às conquistas históricas do movimento operário, contra a ofensiva militarista e anti-democrática do Imperialismo.Sublinhando que a bancarrota do neoliberalismo não representa apenas o fracasso de uma política de administração do capitalismo mas o fracasso do próprio capitalismo e seguros da superioridade dos ideais e do projeto dos comunistas, afirmamos que a resposta às aspirações libertadoras dos trabalhadores e dos povos só pode ser encontrada em ruptura com o poder do grande capital, com os blocos e alianças imperialistas, com profundas transformações de caráter antimonopolista e libertador. Com a convicção profunda de que o socialismo é a alternativa, o caminho para a verdadeira e total independência dos povos, para a afirmação dos direitos dos trabalhadores e o único meio de pôr termo às destruidoras crises do capitalismo, apelamos à classe operária, aos trabalhadores e aos povos de todo o mundo que se juntem à luta dos comunistas e revolucionários e que, unidos em torno dos seus interesses de classe e justas aspirações, tomem nas suas mãos a construção de um futuro de prosperidade, justiça e paz para a Humanidade. Nesse sentido, estão surgindo condições para reunir a resistência e as lutas populares num amplo movimento contra as políticas capitalistas aplicadas na crise e as agressões imperialistas que ameaçam a paz. Certos de que é possível um outro mundo, livre da exploração e da opressão de classe do capital, proclamamos o nosso empenho em prosseguir a caminhada histórica pela construção de uma sociedade nova liberta da exploração e da opressão de classe, o Socialismo.
São Paulo, 23 de novembro de 2008.
O 10º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários.



segunda-feira, 24 de novembro de 2008

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Participe da campanha "Homens unidos pelo fim da violência contra as Mulheres"


EStá no ar o abaixo-assinado "Homens unidos pelo fim da violência contra as Mulheres", que pretende recolher 500 mil assinaturas de brasileiros para a campanha mundial "Unite to End Violence Against Women", divulgada pelo Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon.
Para assinar, acesse: http://www.homenspelofimdaviolencia.com.br/
No Brasil, a iniciativa é encabeçada pela Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, do governo federal. Serão recebidas assinaturas até 6 dezembro, Dia de Luta dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.
Os resultados serão divulgados em evento com o presidente Lula (que já assinou o documento), governadores, artistas, líderes comunitários etc.
Ao aderirem à campanha, os homens se comprometem publicamente a contribuir para implementação integral da Lei Maria da Penha e pela efetivação de políticas públicas que visam o fim da violência contra as mulheres.

Nos domínios de Gilmar Mendes


por Leandro Fortes, de Diamantino (MT)
Existe um lugar, nas entranhas do Centro-Oeste, onde a vetusta imagem do ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, nada tem a ver com aquela que lhe é tão cara, de paladino dos valores republicanos, guardião do Estado de Direito, diligente defensor da democracia contra a permanente ameaça de um suposto – e providencial – “Estado policial”. Em Diamantino, a 208 quilômetros de Cuiabá, em Mato Grosso, o ministro é a parte mais visível de uma oligarquia nascida à sombra da ditadura militar (1964-1985), mas derrotada, nas eleições passadas, depois de mais de duas décadas de dominação política. O atual prefeito de Diamantino, o veterinário Francisco Ferreira Mendes Júnior, de 50 anos, é o irmão caçula de Gilmar Mendes. Por oito anos, ao longo de dois mandatos, Chico Mendes, como é conhecido desde menino, conseguiu manter-se na prefeitura, graças à influência política do irmão famoso. Nas campanhas de 2000 e 2004, Gilmar Mendes, primeiro como advogado-geral da União do governo Fernando Henrique Cardoso e, depois, como ministro do STF, atuou ostensivamente para eleger o irmão. Para tal, levou a Diamantino ministros para inaugurar obras e lançar programas, além de circular pelos bairros da cidade, cercado de seguranças, a pedir votos para o irmão-candidato e, eventualmente, bater boca com a oposição. Em setembro do ano passado, o ministro Mendes foi novamente escalado pelo irmão Chico Mendes para garantir a continuidade da família na prefeitura de Diamantino. Depois de se ancorar no grupo político do governador Blairo Maggi, os Mendes também migraram do PPS para o PR, partido do vice-presidente José Alencar, e ingressaram na base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – a quem, como se sabe, Mendes costuma, inclusive, chamar às falas, quando necessário. Maggi e os Mendes, então, fizeram um pacto político regional, cujo movimento mais ousado foi a assinatura, em 10 de setembro de 2007, do protocolo de intenções para a instalação do Grupo Bertin em Diamantino, às vésperas do ano eleitoral de 2008.
Veja a reportagem completa na CartaCapital nº 522, de 19/11/2008

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Foro de SP leva convocatária do FSM a encontro de partidos comunistas



Leia abaixo documento do Foro de São Paulo que será distribuído no 10º Encontro dos Partidos Comunistas Operários, incentivando-os a participar do Fórum Social Mundial de Belém (PA) no início de 2009.
O encontro comunista acontece entre os próximos dias 21 e 23 em São Paulo

Aos participantes do10º Encontro dos Partidos Comunistas e OperáriosDe 27 de janeiro a 1º de fevereiro de 2009, acontecerá na cidade de Belém (estado do Pará, Brasil, região amazônica) mais uma edição do Fórum Social Mundial.
Este Fórum Social Mundial acontecerá numa conjuntura marcada pela crise do capitalismo e pelo debate de alternativas. Acontecerá na América Latina, região na qual a esquerda política e social tem obtido avanços. E acontecerá na região amazônica, espaço de embates cujo desfecho será fundamental para a sobrevivência da humanidade.
Por tudo isto, o Foro de São Paulo, organização criada em 1990 e que reúne um grande número de partidos latino-americanos progressistas e de esquerda, está incentivando os seus partidos membros, bem como os partidos amigos, a enviar participantes ao Fórum Social Mundial.
Estar presente no Fórum Social Mundial, promover e participar de suas atividades, fortalecer o Fórum Parlamentar Mundial e o Foro de Autoridades Locais, intercambiar pontos de vista e apresentar a posição dos partidos de esquerda e progressistas: este é o sentido da resolução aprovada pelo XIV Encontro do Foro de São Paulo, realizado em Montevidéu (Uruguai), em maio de 2008.
O Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo estende esta convocatória, aos participantes do 10º Encontro de Partidos Comunistas e Operários.
Foro de São PauloGrupo de Trabalho, Secretaria Executiva

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Eleição nos Estados Unidos


"Não sou um candidato negro. Sou senador do Estado de Illinois disputando a presidência dos Estados Unidos da América." Com essa resposta, dita há cerca de 18 meses, Barack Husseim Obama começou a trilhar o caminho da vitória nas urnas. Foi naquele momento, quando um jornalista (branco) que lhe perguntara sobre significado da candidatura de um negro, num país de brancos que ele traçou o perfil de uma candidatura que continha todos os ingredientes para se tranformar em mais uma disputa étnica. E assim se impôs também diante dos negros que, tão racistas quanto os brancos, pretendiam ir à forra com a possibilidade de vitória de Obama.


Nascido no Havaí há 47 anos, de mãe branca e pai negro do Quênia, Barack Husseim Obama, do Partido Democrata e representante de Illinos no Senado vem fazendo história no seu país há 21 meses, desde quando decidiu se candidatar contra a poderosa senadora pelo Estado de Nova York Hillary Rodham Clinton, ex-primeira dama por oito anos.


A audácia parecia excessiva. Afinal de contas, além de negro, num país onde o racismo continua presente, Obama ia lutar contra a máquina dos Clinton dentro do Partido Democrata. Máquina que há anos decide quem pode e quem não deve ser candidato pelos democratas. Mas o negro não se intimidou e sequer deixou que os correligionários usassem o tom de sua pele na campanha. Contra ou a favor. Sua primeira vitória foi isolar essa cor que parece estigma nos EUA.


Quando venceu as primárias da Carolina do Sul, descobriu que até mesmo dentro do seu partido, que tem fama de esquerda, o racismo não tem fronteiras. Ao comentar a vitória de Obama sobre a concorrente, o ex-presidente Bill Clinton fez um comentário carregado de preconceitos. Carolina do Sul é um Estado com uma grande população de negros e Clinton, com uma indisfarçável dor de cotovelo por ver a derrota de sua esposa, disse: "É, Jesse Jackson também ganhou em Caroliona do Sul". Jesse Jackson é negro e, em 1992, disputou as primárias do Partido Democrata contra Bill Clinton.


Menos de uma semana depois, Clinton desculpou-se da grosseria. Àquela altura, Obama já vinha conquistando mais e mais democratas. A primeira grande conquista aconteceu em 28 de janeiro. Dois dos mais ilustres representantes do clã Kennedy, o senador Edward Kennedy e a filha do presidente John Kennedy, Caroline, declararam apoio a Obama. A partir daí, o garoto que cresceu entre as areias do Havaí e a ditadura de Suharto, na Indonésia, foi colecionando troféus e arrecadando fundos de campanha que atingiram 695 milhões de dólares.


Dizer que ele inicia uma nova era nos Estados Unidos é chover no molhado, tal a evidência. Mais do que isso, Obama não terá aqueles famosos "cem dias" de trégua concedidos a presidentes eleitos. Logo depois da valsa que vai dançar com sua mulher Michelle Obama, ainda de ressaca da festa da noite da posse, o novo presidente terá a tarefa hercúlea de tentar salvar os Estados Unidos a cada dia mais próximo do precipício.

E o conselho a ser dado aos futuros assessores do novo presidente é: cheguem cedo. Obama não deixa ninguém calado em reuniões, é detalhista e não gosta muito que atrasem as tarefas distribuídas.

E, do Nirvana, onde se encontra, um outro Husseim, o Saddam deve estar rolando de rir com as ironias do destino...

Fonte: Brasil de Fato

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Jornal espanhol lança dúvida sobre manobra de Hamilton

O jornal espanhol "As" questionou a ultrapassagem do inglês Lewis Hamilton, da McLaren, sobre o alemão Timo Glock, da Toyota, na penúltima curva do Grande Prêmio do Brasil, neste domingo, em Interlagos. A publicação insinua que a manobra que garantiu o título ao britânico pode não ter acontecido de forma limpa.
Em seu site, o diário espanhol diz que "na volta anterior, com os mesmo compostos, (Glock) foi apenas três segundos mais lento que a Toro Rosso e a McLaren". E questiona: "Timo Glock foi ultrapassado ou houve um acordo entre as escuderias antes da corrida?".
A publicação ainda afirma que "foi curioso o fato de Jarno Trulli (também da Toyota) ter feito exatamente o mesmo tempo de Glock, 1min44s, na última volta. Como se desde os boxes tivessem freado os motores na mesma etapa final para evitar possíveis suspeitas".
Lewis Hamilton terminou a temporada de 2008 com apenas um ponto de vantagem sobre o brasileiro Felipe Massa, da Ferrari, vencedor do Grande Prêmio do Brasil.