segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Aos 80 anos, Zé Geraldo revisita a infância

 Imagem: Reprodução

        Cantor e compositor mineiro radicado em São Paulo lança o 22º álbum "O lugar onde eu nasci"


Quando começou a dar os primeiros passos na música, no final da década de 1970, Zé Geraldo ainda não tinha encontrado sua autenticidade. Era um músico “primário”, como gosta de repetir; que copiava Bob Dylan. Quarenta e cinco anos depois, ele considera que já imprimiu seu DNA na música brasileira, consolidando-se como um dos pioneiros do folk no país.

Não tem jeito, cara, o camarada tem que encontrar seu jeito. Ele pode ser o que quiser, só precisa ser sincero”, afirma

Para celebrar os 45 anos de carreira e os 80 de idade – que completa no próximo dia 9 –, Zé Geraldo lança o álbum “O lugar onde eu nasci”, seu 22º disco de inéditas do mais puro rock rural. Nas 10 faixas compostas durante a pandemia, o cantor e compositor revisita sua infância e adolescência, com olhar profundo e nostálgico.

Natural de Rodeiro, cidade próxima a Ubá, ele se mudou para Governador Valadares ainda na infância, onde passou boa parte da juventude – como descreve na faixa "Apeando em Valadares" – até seguir para São Paulo, onde vive até hoje.

A carreira artística não fazia parte de seus planos. Em São Paulo, sonhava em ser jogador de futebol – história que ele canta em "O menino, a bola e a canção". Em um de seus retornos a Valadares para visitar a família, o ônibus em que estava sofreu grave acidente. 

Mas esse acidente foi o que me fez entrar na música”, acrescenta, lembrando que, durante a recuperação, já em casa, um amigo lhe emprestou um violão, e ele começou a aprender a tocar. Nessa época, compôs algumas músicas, entre elas "Senhorita", um de seus maiores sucessos.

Fonte: O Estado de Minas