sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal poderá ser Patrimônio Cultural da Humanidade

Imagem: Reprodução


No próximo dia 4 de dezembro, a candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal será formalmente avaliada durante a 19ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, que será realizada em Assunção, no Paraguai. A análise ocorrerá às 16h30 (horário de Brasília), consolidando um marco histórico para Minas Gerais e o Brasil no cenário da salvaguarda cultural. Sob o título “Traditional ways of making Artisanal Minas Cheese in Minas Gerais”, a candidatura será apresentada e discutida diante de delegações internacionais dos países membros da Convenção da Unesco. Este é um passo fundamental para o reconhecimento dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, destacando sua importância enquanto expressão da identidade e da mineiridade.

Recentemente, o Comitê da Unesco deu parecer positivo para os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal se tornarem Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. No documento, o órgão afirma que a candidatura mineira – e única brasileira – reúne os critérios necessários para inscrição dos Modos De Fazer O Queijo Minas Artesanal na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade. Entre eles está o tempo dos saberes e técnicas, desenvolvidos ao longo dos últimos três séculos, e sua origem nos pequenos produtores rurais de Minas Gerais. 

Os trabalhos para o reconhecimento junto à Unesco começaram em setembro de 2022, durante o 4º Festival do Queijo Artesanal Mineiro, em Belo Horizonte. Posteriormente, entre o fim de novembro e o início de dezembro foi  realizada a promoção dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal na 17ª Sessão do Comitê Intergovernamental para Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, em Rabat, no Marrocos. Em março de 2023, um dossiê foi entregue ao secretário da Convenção do Patrimônio Imaterial da Unesco, Tim Curtis.

As ações da etapa final de mobilização e promoção da candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal tiveram início no dia 19 de outubro deste ano com a reunião da Comissão para Promoção e Difusão dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio, o lançamento da marca promocional e o encontro de produtores das 10 regiões do Queijo Minas Artesanal com uma grande feira na Praça da Liberdade.

Fonte: Secult/MG


Neto do último ditador militar do golpe de 1964 é indiciado por tentativa de golpe de Estado em 2024


O jornalista Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, que trabalhou como comentarista na Jovem Pan, (conhecida também como “Jovem Klan”, por sua posição de extrema direita), apareceu na lista dos alvos do inquérito policial que investiga uma tentativa de golpe de Estado no fim do governo Bolsonaro. Além dele, outros 36 suspeitos também foram indiciados na tarde de ontem, quinta-feira (21/11), incluindo o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de outros nomes do primeiro escalão do governo anterior, como os ex-ministros Braga Netto (Defesa), Augusto Heleno (GSI), o ex-diretor da ABIN Alexandre Ramagem e o presidente do PL Valdemar Costa Neto.

A Polícia Federal investiga um plano criminoso que incluía o assassinato do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes. O objetivo era tentar manter Bolsonaro na presidência da República após sua derrota nas eleições. A ação foi orquestrada em novembro de 2022, logo após o 2º turno, e quase colocada em prática em dezembro.

Segundo o relatório envido pela Política Federal (PF) ao Supremo Tribunal Federal (STF), Paulo Figueiredo teria integrado o núcleo responsável por incitar militares a aderirem ao golpe. Ele teria trânsito na caserna por ser neto do general João Batista Figueiredo, último ditador militar do Brasil após o golpe de 1964.

Fontes: MSN/IG


Livro de ficção futurista mostra como seria o mundo dominado pela IA e seus algoritmos


Seria a tecnologia capaz de se voltar contra os humanos? O clássico caso da “criatura que se volta contra o criador”? Baseado nessa premissa e com a percepção aguçada de quem vê a sufocante exigência de estar conectado o artista plástico Gabriel Grecco lança a ficção futurista “Smartland: o outro lado da tela” pela editora Telha. Grecco, que também já trabalhou como capista do mercado editorial, estreia como escritor com essa instigante obra.

“Smartland” conta a história de Zieg, um adolescente triste e sedentário que, ao escanear um misterioso QR code, é sugado para dentro do seu próprio smartphone junto da sua irmã, Emma. Lá, ficam presos em um mundo infinito dentro de um sistema operacional chamado de Hawking OS, e para sobreviverem neste lugar hostil e encantador, lutam contra os algoritmos de inteligência artificial, conhecidos como Dumbsters.

Dentro dessa ‘dimensão’ encontram outros jovens, fazem amigos, inimigos e ganham novas habilidades só possíveis de serem executadas dentro daquela enorme “matrix” conhecida como Smartland. Durante a jornada, os protagonistas revêem, de um outro ponto de vista, como coduzem suas vidas diante daquele ambiente tecnológico, enquanto lutam para encontrar o caminho de volta para casa. A obra tem ares de ficção distópica.

Smartland é uma crítica ao sedentarismo e ao vício das telas principalmente pelos jovens.

Fonte: Jornal Nota


Hoje tem poesia em Varginha


Nesta sexta-feira (22/11), às 19h, poetas e intérpretes de Varginha e região participam da Mostra do Festival Regional de Poesia Falada, que acontecerá no auditório do Conservatório Estadual de Música de Varginha. A entrada é gratuita.

A mostra tem o objetivo de estimular a apreciação da poesia e a ampliação do público leitor desse gênero. Proporciona também à população momentos de lazer e uma forma de adquirir novos conhecimentos por meio da arte e da cultura.

Para Moisés Tadeu Terra, organizador da Mostra, “a existência de uma Mostra Regional do Festival de Poesia Falada brota de duas razões. Da crença de que a intensidade condensada da poesia abre clareiras na linguagem, cria desvios e gera nova lógica. E da convicção de que povos rigorosos com a memória e generosos com a imaginação são capazes de construir diferentes éticas civilizadas”.

Serviço: 
 Mostra do Festival Regional de Poesia Falada
Data e Horário: 22/11 - 19h
Local: Conservatório Estadual de Música de Varginha
Endereço: Praça João Pessoa, 137 - Centro
Varginha - MG

 

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

“Ainda Estou Aqui”: inscrito em oito categorias do Oscar 2025

Imagem: Reprodução/Geny Imagem5


 

A Sony Pictures inscreveu o longa em oito categorias no Oscar 2025: Melhor Filme, Filme Internacional, Direção, Roteiro Adaptado, Atriz (Fernanda Torres), Ator Coadjuvante (Selton Mello), Fotografia e Montagem. Ambientado na ditadura militar, o filme destaca a luta e a resiliência da família Paiva. 

"Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Sales, é um filme baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, que narra a história de Eunice Paiva e sua busca por respostas após o desaparecimento do marido durante a ditadura militar no Brasil

A trama gira em torno da família Paiva, especialmente de Rubens Paiva, que é levado por militares à paisana e desaparece.

Fonte: Harper's


Nicolas Behr desembarca em BH para bate-papos e lançamento de livro

Imagem: Reprodução 


O poeta  Nicolas Behr, radicado em Brasília, desembarca nesta sexta-feira (22/11) em Belo Horizonte para uma série de eventos. Amanhã, às 14h30, ele participa de roda de conversa sobre edição, poesia e ecologia, no Centro Cultural da UFMG (Avenida Santos Dumont, 174 – Centro), onde também haverá a venda de livros com preços acessíveis.

Aberto ao público, o bate-papo será mediado pela professora Emilia Mendes, da Faculdade de Letras, e pelo poeta e professor Rogério Barbosa, do Cefet-MG.

Nicolas é egresso da geração mimeógrafo brasiliense que contou com Paulo Tovar, José Sóter, César Athaide, Climério Ferreira, Luis Martins, Turiba, Biancho e muitos outros, inclusive este escriba.


PF finaliza lista de indiciados com mais de 40 nomes.

Imagens: Reprodução

Relatório da PF vai responsabilizar Bolsonaro e assessores de maneira contundente, dizem investigadores

                

Após a prisão da facção que planejou o assassinato de Lula, Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes, a Polícia Federal (PF) finaliza na manhã desta quinta-feira (21) a lista, que já conta com mais de 40 nomes, dos membros da Organização Criminosa de Jair Bolsonaro (PL) que serão indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e Golpe de Estado.

A lista constará em um longo relatório que será entregue pelos investigadores ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet.

 PF deve indiciar Bolsonaro, militares e ex-ministros


Os investigadores cogitam pedir as prisões preventivas dos generais Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e de Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa do ex-presidente em 2022. Para que isso ocorra, uma operação relâmpago pode ser desencadeada nas próximas horas.

Heleno, que seria o chefe da transição, e Braga Netto, que atuaria como coordenador do "gabinete de crise" até a instauração da Ditadura bolsonarista, são considerados peças-chaves na arquitetura do golpe. O receio é que, com as provas contundentes, os dois militares tentem fugir do país - ou, ainda, influenciar de alguma forma a atual cúpula das Forças Armadas.

Segundo informa a revista Fórum, os investigadores estariam em contato com o comando das Forças Armadas já que a lista de indiciados vai incluir militares de alta patente.

Entre os nomes certos que serão indiciados estão o general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, ex-comandante do Exército e ex-ministro da Defesa, e o almirante Almir Garnier, que comandou a Marinha e teria colocado as tropas à disposição do golpe.

Os investigadores da PF também cortarão na própria carne. Agentes da corporação, especialmente os que atuaram sob o comando de Alexandre Ramagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), estão na lista de indiciados.

O rol ainda inclui Anderson Torres, ex-ministro da Defesa, e Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A previsão é que o documento seja entregue até o final da tarde desta quinta-feira ou, no máximo, na manhã desta sexta-feira (22).

Fonte: Revista Fórum


quarta-feira, 20 de novembro de 2024

20 de novembro: O Brasil e seu problema de memória


20 de novembro, dia da consciência negra: A simbólica data atrelada a morte de Zumbi dos Palmares nos faz o convite a refletir sobre como as pessoas negras são vistas socialmente no maior país preto fora do continente africano, mas, isso você já sabe. O papo aqui hoje é sobre memória coletiva.

O Brasil se esqueceu (de forma conveniente) o que o povo negro fez por esse país. Após ser retirado a força para trabalhar em terra brasilis, cada pessoa negra SANGROU para construir os pedaços que compõem essa nação, porém quando você olha os nomes que batizam as ruas são de bandeirantes, coronéis e fazendeiros brancos. Em sua maioria, os mesmos que fizeram o meu povo sangrar.

Se o assunto for riqueza, aí que o país deve mesmo ao povo preto. O fim da escravidão (celebrado por muitos como uma salvação divina ) deixou o povo negro com uma mão na frente e outra atrás. Descartados como lixo, sobrou para os ancestrais a dura tarefa de se reorganizarem em um país que os odiava. Já dura mais de 400 anos essa “volta por cima”, seja na educação, na saúde, no mercado de trabalho, nas artes, etc. Isso porque eu nem mencionamos a política.

Em algum momento de hoje, um sábio de WhatsApp “sábio” vai dizer que “não precisamos de um dia de consciência negra, mas sim de 365 dias de consciência humana”, usando uma fala do ator norte-americano Morgan Freeman tirada de contexto para deslegitimar um símbolo de luta. Mas como alegar humanidade em frente ao cano do revólver do policial que invade a favela e mata jovens negros. Ou pedir consciência ao mercado que fica “nervoso” quando se fala que precisamos de mais pessoas pretas em cargos de liderança. Você sabe a cor de quem diz que isso é "mimimi,"? Pois é.

Aprendam: esquecimento coletivo é poder na mão de quem não quer abdicar do seu privilégio. É mais fácil para essa turma chorar a morte dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, do que olhar para a história e ver que a sua riqueza tá suja de sangue do “holocausto negro”.

Texto retirado e adaptado do Instagram de @africanizeoficial
 

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Livros infantis para celebrar o Dia da Consciência Negra


Em 20 de novembro é celebrado o Dia da Consciência Negra, momento em que é possível relembrar a luta dos escravos e a morte de Zumbi, que comandou o Quilombo dos Palmares, e foi morto neste mesmo dia em 1695. Pela importância da data, em dezembro de 2023, foi sancionada a lei 14.759/23, que decretou feriado em todo o Brasil.

E a data é propícia também para a arte literária e, nesse sentido, a literatura negra tem desempenhado um papel essencial, possibilitando que jovens e crianças encontrem identificação e valorização em meio à leitura, o que reforça a necessidade de impulsionar mudanças e promover a conscientização coletiva contra o racismo estrutural.

Reforçando a importância de garantir que essas obras literárias estejam acessíveis, a editora da Leiturinha, clube de assinatura de livros infantis, Juliana Tomasello, enfatiza a necessidade de que esses livros e autores sejam mais consumidos atualmente, permitindo que a conscientização racial se dê pela literatura. “É preciso garantir que as crianças e os jovens tenham acesso a obras que carregam diferentes experiências, situações, regionalidades, temas, tipos de escrita, entre tantas outras diversidades”, afirma.

Pensando nisso, sugerimos algumas obras originais de Leiturinha que se destacam pela representatividade e pela abordagem das raízes culturais afro-brasileiras e ajudam jovens e crianças a se enxergarem nas páginas dos livros. Confira!

Protagonizando momentos de aventuras na praia com o filho, a mãe decide curtir um dia de sol e diversão na companhia do pequeno. No entanto, muitas situações inusitadas podem acontecer na hora de aproveitar o mar e a areia. Este livro é da autora Juliana Correia.


Em um reino onde perguntas eram proibidas, todos viviam sem questionar. Até que Lili, curiosa, solta um “Mas por quê?” e surpreende a todos. A cada pergunta, ela descobre novos mundos e derruba muralhas, mostrando que a curiosidade é uma chave para mudar tudo ao nosso redor. Este livro é das autoras Lavínia Rocha e Elizabeth Builes.


Imagine um mundo onde tudo fosse igual: uma única cor, um único feriado, o mesmo sabor todos os dias. Em “A arara de muitas cores”, Cidinha da Silva nos lembra como a diversidade torna a vida mais rica e cheia de significado. Com a sabedoria das araras, a história  nos ensina que as diferenças são fundamentais para um mundo mais completo e interessante.


Mirela e Arthur, irmãos acostumados à tecnologia, vão passar uns dias no sítio da tia Nana, onde costumavam ficar nas férias. Sem internet, a tia os distrai com jogos antigos e eles escolhem um sobre civilizações africanas, achando que será fácil. Porém, ao começarem o jogo, são transportados para dentro dele e se tornam os personagens pixelados, enfrentando desafios e descobrindo que, na verdade, o jogo é bem mais complicado do que imaginavam. Este livro é dos autores: Lavínia Rocha, Douglas Lopes e Vitória Gomes.

Fonte: IG


 

Festival Urban Afro Jazz começa hoje, 19/11, em Belo Horizonte

                  Evento retoma a origem negra do gênero por meio de shows, simpósio e painéis com elenco formado por artistas pretos


Na semana da Consciência Negra, Belo Horizonte será o “terreiro” do Urban Afro Jazz, um festival inédito de jazz e música instrumental que ocupa a casa de shows "A Autêntica" por três dias consecutivos, com shows, painéis e um simpósio. Retomando a origem e o protagonismo negro do gênero, o evento acontece a partir de hoje.

O Urban Afro Jazz é, antes de tudo, uma retomada e uma afirmação. É uma forma de dizer, com toda a força, que o jazz é preto, que ele nasce da criatividade e da resistência do povo negro e que essa história precisa ser contada e celebrada do jeito certo, com o protagonismo que lhe é de direito”, afirma Glaw Nader idealizadora e realizadora do festival.

                                                     Alaíde Costa - Foto Samuca Kim

Cuidadosamente pensado com o objetivo de levar para o público uma experiência de jazz e música instrumental rica, o festival tem programação com elenco formado por artistas pretos, mineiros, de outros estados do Brasil e uma atração estrangeira. “O festival contará com shows de Alaíde Costa, Aláfia, Jonathan Ferr, Josiel Konrad, Glaw Nader, Maíra de Freitas, Leonardo Brasilino e o internacional Delvon Lamarr”, revela a idealizadora do evento. “O festival também contempla outras atividades. Teremos dois painéis de discussão e um simpósio que dará visibilidade às produções científicas de pesquisadores negros de vários estados brasileiros”, completa.

O público-alvo do Urban Afro Jazz é diverso e tem programação para quem ainda está descobrindo o jazz e para quem já curte. “O festival é pensado para todos aqueles que desejam aprofundar sua conexão com o jazz, a música instrumental e as raízes culturais afrodiaspóricas, com o desejo genuíno de alcançar a comunidade negra e o público de todas as idades, valorizando a representatividade e a autenticidade na música.

Confira a programação completa AQUI

Fonte: O Tempo

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Autores sul-mineiros na coletânea “Arquétipos do Absurdo”


Com esse título que dá margem para uma infinidade de possibilidades de conteúdos literários, a editora Selo Starling de Belo Horizonte, lança uma Antologia de âmbito nacional.

A iniciativa editorial  homenageia  os 100 anos da ausência do fantástico e emblemático escritor e boêmio Franz Kafka, considerado um dos maiores influenciadores da escrita, do século XX, lido e relido por todos aqueles que amam uma literatura que inquieta e saia do convencional,

“Um século após sua morte, Kafka continua sendo uma fonte inesgotável de fascínio, inspiração e também perplexidade, seja pela banalização do grotesco, presente no cotidiano da raça, ou seu aspecto onírico e surreal, ironizando a burocracia e as relações de poder como realmente são: enlouquecedoras” – nos diz Starling, editor da antologia.

A obra conta com a parceria e participação de 45 autores, entre eles Expedito Gonçalves Dias e Gustavo Marangão, de Varginha e Paulo César de Barros, de Três Corações.

O lançamento será com sarau e tarde de autógrafos, dia 30 de novembro, das 12h às 15h, no Edifício Arcângelo Maletta, Avenida Augusto de Lima, 233 - Sobrelojas 8/9 - Centro - Belo Horizonte


 

Igor Cotrim conquistou prêmio, no X Festival Internacional O Cubo de Cinema em Língua Portuguesa, em Portugal, atuando em filme sulmineiro.

Imagens: Reprodução/Facebook/Instagram


Igor Cotrim conquistou o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante no X Festival Internacional O Cubo de Cinema em Língua Portuguesa, em Portugal, por sua atuação em "O Sol da Liberdade"!

O filme, dirigido pelo mineiro Bruno de Souza tem como temática a ditadura militar, de triste memória, que perdurou no Brasil de 1964 a 1985.

"Como diretor, é uma honra imensa ver seu talento reconhecido internacionalmente. Sempre fui seu fã e admirei profundamente sua entrega e dedicação como artista." afirma Bruno sobre Contrim

O diretor Bruno de Souza

IGOR CONTRIM

 Em 1995, Igor estreou no teatro na montagem melancólica A Lenda de Peter Pan, interpretando o personagem principal até 1996. Em 1997 integrou o elenco da peça teatral O Avarento. Em 1999 entrou para o elenco principal do seriado Sandy & Júnior, da Rede Globo, interpretando o antagonista cômico Boca, no qual ficou pelas quatro temporadas.

Paralelamente estrelou as peças O Casamento, de Nelson Rodrigues, e a Tempestade, versão brasileira do clássico de Shakespeare

Entre 2006 e 2007 esteve na comédia teatral A Cozinha. Em 2007 compilou suas principais poesias no livro "Ali como Lá", lançado em 2 de outubro pela editora Ibis Libris.

 Em 2010 dirigiu e protagonizou o curta-metragem Consolação-Paraíso] Em 2011 retornou aos palcos com a peça teatral Iapinari, onde interpretou o personagem principal, baseado na lenda amazônica do índio cego que enxergava a alma das pessoas, com a qual ficou por dois anos.

Em Elvis & Madona interpretou a travesti Madona, que vive um romance inesperado com a homossexual Elvis. Grande sucesso das telonas.

O filme foi a única produção brasileira a ser exibida no Festival de Cinema de Tribeca e rendeu para Igor seis prêmios por sua atuação.

Esteve no elenco de vários outrs filmes, novelas e seriados, tendo participado do filme Matador, primeiro longa-metragem brasileiro da Netflix. 

 

domingo, 17 de novembro de 2024

Em Cambuquira exibição de "Medida Provisória", dentro da "Semana da Consciência Negra."


 "Medida Provisória" para colaborar com uma semana de muita reflexão e aprendizado

As distopias, seja na literatura ou no cinema, nascem de inquietações de seus criadores a respeito do estado de coisas no tempo presente. A concepção de futuro é moldada a partir de questões que borbulham e incomodam no espaço-tempo em que essas obras são produzidas.

Faz muito sentido, portanto, que Medida Provisória, primeiro longa-metragem de ficção dirigido pelo ator baiano Lázaro Ramos, venha à tona em um momento no qual o racismo estrutural se torna um tema urgente, que precisa ser debatido pela sociedade brasileira. O mito da democracia racial prova ser hoje uma miragem, o delírio de um passado de autoengano.

Em um futuro não muito distante, porém não determinado, o Brasil atravessa, em Medida Provisória, um momento de tensão após a revogação de uma lei que dava aos descendentes de escravos o direito de serem indenizados pelo mal causado pelo Estado aos seus antepassados, sequestrados em suas terras de origem, transportados em condições desumanas às Américas, comercializados como animais e submetidos por toda a vida a péssimas condições de trabalho e existência, sem liberdade ou pagamento.

A suspensão desse direito faz com que os afrodescendentes brasileiros se revoltem e o governo responde a essa indignação primeiro com uma oferta insólita: todos os que se identificarem como negros receberão, de graça, passagens para irem à África, conhecer de perto a terra de seus ancestrais. Alguns se entusiasmam com o programa e outros desconfiam que há algo por trás – e há.

Pouco tempo depois, é baixada a Medida Provisória 1888, que determina a prisão e extradição imediata de todos os afro-brasileiros, em um projeto de branqueamento do país

A trama distópica funciona – e muito bem – como thriller político, à medida em que a tensão cresce e a perseguição, de um lado, e a resistência, do outro, são acirradas – é genial a ideia da criação de um afro-bunker, versão moderna de um quilombo. Medida Provisória envolve e incomoda, mas é também sagaz e irônico, em sua assumida intenção de colocar o dedo na ferida racial do Brasil.
                                                                                  Arte: Erika Ximenes

Genial também a ideia da exibição do filme em Cambuquira, dentro da Semana da Consciência Negra. Parabéns aos organizadores!

Maria Bethânia recebe título de Doutora Honoris Causa pela UFC


Imagens: Reprodução

"                                     Estou aqui como mulher e como trabalhadora", afirmou em discurso


 Em solenidade no fim da tarde da última sexta-feira (15), Maria Bethânia recebeu o título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal do Ceará (UFC). 

Durante discurso, Bethânia lembrou que, apesar de não ter formação universitária, tem uma "longa e fértil amizade" com a universidade. Contou que a efervescência cultural da Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi fundamental para sua formação como artista ainda durante a adolescência no início dos anos 1960. "Uma verdadeira casa de ensino não tem muro, apenas portas, sempre abertas", afirmou. 

O título Doutor Honoris Causa é concedido a personalidades de fora da universidade pela sua contribuição em áreas como ciência, ensino, cultura e política. Na fala, Bethânia exaltou o legado de "três filhos do Ceará": o poeta popular Patativa do Assaré, a intelectual Maria Violeta Arraes e o compositor Humberto Teixeira, parceiro de Luiz Gonzaga na canção "Asa Branca".

"Estou aqui, em primeiro lugar, como mulher. E digo isso a fim de marcar a necessidade sempre urgente de ampliar o lugar das mulheres na sociedade civil brasileira. E mais: estou aqui como trabalhadora", pontuou.

"É sempre o palco que me conduz. Esse lugar sagrado, lugar de festa, onde a menina de Santo Amaro fincou seus pés e de onde, em reverência, olha nos olhos da vida e canta", Bethânia disse emendando a canção "O que é, o que é", de Gonzaguinha. Os presentes cantaram juntos e a aplaudiram de pé.

O reitor da UFC, Custódio Almeida, afirmou em discurso que "a artista Maria Bethânia jamais de eximiu de defender e de pôr em discussão Brasis diversos, encobertos pela violência e pelos podres poderes. Em décadas de carreira, tem cantado as subjetividades de um país complexo". E completou: "Do alto dos seus 78 anos de idade, vividos em um país cuja relações de poder são expressivamente delineadas pela dominação masculina, branca, cristã, hétero-cis-normativa, Maria Bethânia defendeu sua autonomia dentro e fora do mercado da arte".

Fonte: BdF

sábado, 16 de novembro de 2024

MinC é criticado por cineastas

Imagens: Reproduções



Associações e sindicatos que representam cineastas, roteiristas e produtores enviaram uma carta ao presidente Lula (PT), nesta sexta-feira (15), denunciando os problemas enfrentados pelo setor audiovisual e criticando a gestão atual do Ministério da Cultura (MinC). A ministra da pasta, Margareth Menezes, não foi citada diretamente no documento.



A carta começa destacando que “a ausência de uma política que reconheça o setor audiovisual como uma atividade industrial estratégica está colocando as empresas do setor em uma situação de desvantagem no mercado global, e afetando os trabalhadores, técnicos talentos criativos, roteiristas.”

O documento foi assinado por sete entidades: a Associação Brasileira dos Autores Roteiristas (Abra), a Associação Brasileira de Cineastas (Abraci), a Associação Paulista de Cineastas (Apaci), a Associação Brasileira de Animação (Abranima), a Associação Brasileira de Empresas Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames), o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual dos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal (Sindicine) e o Sindicato Interestadual dos Trabalhadores da Indústria Cinematográfica e Audiovisual (STIC).

A carta também aborda a necessidade de regulamentação das plataformas de streaming, destacando que “as plataformas de streaming que hoje dominam a distribuição e fruição audiovisual operam em um cenário de total assimetria regulatória. Isso significa que grandes conglomerados estrangeiros usufruem do nosso mercado —o 2º maior no mundo— sem recolher impostos e taxas proporcionais à sua operação aqui, sem distribuir os direitos autorais de forma justa e equilibrada, gerando uma concorrência desleal e provocando uma perda expressiva de receitas para o governo.”

Outro ponto criticado pelas associações é a atuação do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), vinculado ao MinC. O documento afirma que o FSA está “desconfigurado” e “regrediu na organização e no planejamento do fomento.” As entidades alegam que “estão sendo investidos recursos sem a preocupação com uma lógica sistêmica; não há periodicidade fixa das reuniões e são criados novos critérios que, em sua maioria, são mal estimados.”

Embora reconheçam os “muitos desafios que Lula e sua equipe enfrentam para reconstruir o país”, as associações concluem a carta com a esperança de que, ao tomar conhecimento da situação, o presidente compreenda “a importância de agir com urgência em defesa da nossa indústria.”

Fonte: DCM


 

Marcelle Machado lança Silêncio no próximo sábado, 23/11.

Imagem: Reprodução


Passamos os dias imersos nos diversos estímulos visuais e sonoros que acompanham a intensa vida moderna. O que parece distração chega a nos fatigar. É necessário descanso. Será que ainda sabemos ler por diversão, em busca de conhecimento ou por tranquilidade? Enfrentando esse barulhento contexto, Marcelle Machado lança Silêncio, seu primeiro livro de poesias.


A autora define o livro como uma “proposta para um momento de leitura calma, de uma pausa para a quietude, de um olhar para si, para a poesia e nada mais”. Doutora em Direito e graduada em Letras, Marcelle sempre esteve imersa na escrita e leitura. Este lançamento conta com textos de 1996 até os dias atuais, eram manuscritos espalhados por cadernos, pedaços de papel, cartões e atividades realizadas em oficinas literárias.

Quem busca ir na direção contrária da intensa e desgastante rotina pode conhecer esse lançamento no dia  23 de novembro, na Livraria do Belas, de 16h às 19h, em Belo Horizonte. 

Fonte: Literalmente Uai


 

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

García Márquez inspira espetáculo que estreia hoje (15/11) em Belo Horizonte

Imagem: Reprodução

"Velhos caem do céu como canivetes", com trupe do Maranhão, mostra uma Terra pós-apocalíptica tomada pelo lixo.  Espetáculo reflete sobre exílio, miséria e fé.


É dia comum de miséria e fome na Terra pós-apocalíptica, quando um ser alado cai do céu. Um humano, que cuida dos próprios interesses em meio ao lixo que ocupou toda a superfície do planeta, se surpreende ao encontrar o homem estranho em seu quintal. Mas a figura seria realmente um homem? Ou apenas um delírio de uma alma faminta?

A curiosa premissa, inspirada no conto “Un señor muy viejo con unas alas enormes”, do colombiano Gabriel Garcia Marquez, ocupou os palcos de 23 cidades brasileiras desde a sua estreia, em 2013. Com dramaturgia e direção de Marcelo Flecha e realização da Pequena Companhia de Teatro, do Maranhão, o espetáculo “Velhos caem do céu como canivetes” chega finalmente a Belo Horizonte para temporada no CCBB BH. A primeira apresentação acontece nesta sexta-feira (15/11), às 19h.

Fonte: Jornal Estado de Minas