terça-feira, 2 de novembro de 2010

Matéria tendenciosa do blog varginhense


Matéria divulgada pelo blog de Varginha, intitulado "Cambuquira a mais mineira das Estâncias de Minas" tenta fazer crer, em um tom que beira ao preconceito, que a vitória de Dilma Roussef se deu com os votos apenas dos mais carentes. Veja o que foi publicado:

Seria um grande mérito se realmente fosse verdade, pois está mais que provado que o governo Lula coloca como prioridade os mais carentes, mas mesmo sem os votos dos "mais carentes" como afirma, norte e nordeste, Dilma venceria, como prova o Portal G1:

A sensação de que a petista Dilma Rousseff foi eleita apenas em razão da vantagem aplicada nas regiões Norte e Nordeste é falsa. Levantamento com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que ela ganharia a eleição mesmo se fossem computados apenas os votos do Sudeste, do Sul e do Centro-Oeste.
Se todos os eleitores das regiões Norte e Nordeste forem excluídos da conta, no entanto, a petista ainda aparece na frente. Na soma de Sul, Sudeste e Centro-Oeste, ela tem 33,2 milhões de votos, contra 32,9 milhões – uma margem pequena, de 275 mil votos, mas suficiente para elegê-la.
Boa parte desse resultado se deu graças a Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do país. Serra não conseguiu capitalizar a força do ex-governador e senador eleito pelo PSDB Aécio Neves e Dilma conseguiu vencê-lo por 1,7 milhão de votos de diferença no estado.

Na Nova Geografia Política do blog varginhense, o Rio e Minas foram miseravelmente rebaixados à segunda divisão: a Região Nordeste !
É assim que fica a divisão do país em regiões – e em preconceito racial.

Importante também é a materia do jornalista Luiz Carlos Azenha:
O preconceito que se esconde por trás do mapa vermelho e azul
por Luiz Carlos Azenha

Nem de longe é uma tentativa majoritária. E a imensa maioria dos analistas tem dito isso: o mapa que divide o Brasil entre azul e vermelho não conta toda a história da escolha de Dilma Rousseff.
Mas o mapinha simplório e simplista serve aos que pretendem ligar Dilma Rousseff ao suposto “atraso” das regiões Norte e Nordeste. O preconceito sempre dá um jeito de reaparecer, sob outros disfarces.
Dilma teve 58% dos votos de Minas Gerais, mais de 60% dos votos do Rio de Janeiro, quase 50% dos votos no Rio Grande do Sul e quase 46% dos votos em São Paulo.
Se todos os votos dos dois candidatos no Nordeste fossem descartados, ainda assim Dilma venceria a eleição, mas dizer isso assim pode soar — ao gosto dos que semeiam preconceitos — como desqualificação do voto do nordestino.
Individualmente, os governadores Eduardo Campos, Jacques Vagner, Sergio Cabral, Cid Gomes, a família Sarney e o vice-presidente José Alencar foram os grandes cabos eleitorais de Dilma.
Quanto ao preconceito, foi o alimento de uma das candidaturas e não há de desaparecer assim, por encanto. Neste momento, serve às tentativas de “deslegitimar” o resultado das eleições.