Já se passaram quase 40 anos desde que o pensador, ativista e escritor Ailton Krenak fez um discurso contundente na Assembleia Nacional Constituinte, em 1987. Pintou o rosto de preto com pasta de jenipapo como manifestação cultural “com significado de indignação – e que pode expressar também luto – pelas insistentes agressões que o povo indígena tem indiretamente sofrido”, explicou.
Se naquela época as lutas e as bandeiras dos povos originários passavam ao largo do debate público, o cenário mudou. Os avanços de políticas nessa área foram tímidos, é verdade. Contudo, questões colocadas em pauta em 1987 ganharam evidência nos últimos anos.
Exemplo disso é a palestra “Confluir mitos e encantarias: Arte, memória e direitos humanos”, que será realizada neste sábado (9/11), no CCBB-BH, como parte da exposição “Hiromi Nagakura até a Amazônia com Ailton Krenak”.
Esta postagem é a íntegra da matéria do jornal Estado de Minas que tentei compartilhar no Facebook e os intelectuais funcionários daquela rede social consideraram a foto do Acadêmico Ailton Krenak obscena.