sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Francisco Proner retrata acampamentos do MST em exposição no Rio de Janeiro

Imagem: Reprodução

Proner espera que sua obra sensibilize o público para o conflito agrário e as desigualdades sociais enfrentadas pelo movimento

Entra em cartaz a partir de amanhã, sábado, (9), a exposição 'Lona Preta - um olhar do fotojornalista Francisco Proner' no Centro Cultural Justiça Federal (CCJF). A mostra apresenta uma série de imagens documentando a vida e a luta de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

“Lona Preta” retrata os desafios e a resistência das famílias acampadas em busca de reforma agrária, destacando as condições e o simbolismo da “lona preta” na trajetória de milhares de brasileiros.

“O Brasil é um dos países com maior concentração fundiária do mundo e onde se encontram os maiores latifundiários. A concentração e a improdutividade têm raízes históricas que estabeleceram as bases da desigualdade social que persiste no país até hoje”, escreveu Proner, em suas redes sociais.

Ele lembra que, de acordo com o último censo agropecuário, apenas 1% dos proprietários de terras controlam cerca 50% da área rural do país.

“O MST, fundado em 1982, tem três objetivos: lutar pela terra, lutar pela reforma agrária e lutar pela mudança social no país. Atualmente existem mais de 400.000 famílias sem-terra acampadas e assentadas, sobrevivendo sob a lona preta”, completa o fotojornalista.

Proner espera que sua obra sensibilize o público para o conflito agrário e as desigualdades sociais enfrentadas pelo movimento. “A ocupação da terra é a forma mais importante de luta no campo. É com base nisso que o Movimento denuncia os territórios ilegais ou improdutivos. A ocupação gera o fato político, que exige uma resposta governamental à concentração de terras no Brasil”, finaliza.


Fontes: BdF/CCJF