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Juiz reclamou da falta de vários pontos na denúncia que a tornaram obscura e mandou que fosse refeita sem as omissões
O juiz Thales Nogueira Cavalcanti Venancio Braga determinou que a denúncia que envolveu todo o escritório de Carlos Bolsonaro num esquema de rachadinha, menos o chefe, seja devolvida ao Ministério Público.
O juiz encontrou inconsistências flagrantes na denúncia, inclusive a falta de partes do processo, curiosamente aquelas que poderiam incriminar Carlos, como os pagamentos de seu plano de saúde por nove anos.
O esquema teria funcionado durante 19 anos e movimentado mais de R$ 2 milhões, mas, segundo o promotor que ofereceu a denúncia, Alexandre Murilo Graça, titular da 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada da Capital, do MP, envolveu apenas funcionários e ex-funcionários de Carlos Bolsonaro, mas Carlos não apenas não sabia do que funcionava em seu gabinete como não teria se beneficiado dele.
A falta de indiciamento do filho 02 de Bolsonaro causou perplexidade em setores do Tribunal de Justiça do Rio e do próprio MP.
Com a devolução da denúncia ao MP para as devidas correções, dificilmente Carlos Bolsonaro ficará de fora da acusação de ter se beneficiado do esquema de peculato conhecido como rachadinha, que teria começado em 2005, com sua madrasta Ana Cristina Valle, que também sequer é citada na denúncia.
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