segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Curta-metragem, sobre ancestralidade e negritude brasileira, é premiado em Cuba

Imagem:Divulgação


O filme também recebeu outros reconhecimentos nacionais e internacionais, como o Prêmio da Crítica de Melhor Roteiro no 1º Festival de Cinema de Xerém e o Prêmio de Melhor Curta de Conscientização Social na Índia (SIFF). Para o diretor do curta, as premiações contribuem com a valorizaçao do cinema negro brasileiro. 


O curta-metragem “Como Matar Uma Boneca”, que estreou no Brasil e em Portugal no final de 2023, aborda a história de “Senhora”, uma fotógrafa ambiental sensitiva que sente energias através de uma guia de Oxumaré que carrega no peito. Ao encontrar uma boneca

na mata, ela resolve devolvê-la na casa mais próxima. Ao chegar no local, por  coincidência, se depara com a verdadeira dona da boneca, que apresenta comportamentos inquietantes referentes ao brinquedo. Com poucos diálogos, o filme usa símbolos e outros meios para fazer críticas e reflexões sobre os anos recentes. 


O filme já foi exibido em festivais de cinema renomados em Hollywood (EUA), Bollywood (Índia) e Nollywood (Nigéria). Produzido pelo coletivo Experimental Filmes de São João de Meriti e gravado próximo à reserva biológica de Jaceruba, o curta envolveu profissionais majoritariamente negros da Baixada Fluminense e de regiões periféricas do Rio de Janeiro, com uma locação no meio da floresta.


Além de premiado no 18° Festival Internacional Cine Gibara em Cuba, um dos eventos cinematográficos mais importantes do país caribenho, o curta-metragem “Como Matar uma Boneca” também venceu o Prêmio LabCurta – FUNARJ e teve seu lançamento internacional em Lisboa, no FESTin, considerado o Oscar do cinema de língua portuguesa, e no Festival Guarnicê de Cinema (Maranhão), um dos mais antigos e tradicionais do Brasil. O curta também foi escolhido para ser o filme de encerramento do Inside Nollywood International  Film Festival & Awards (INIFFAA), um evento que celebra as realizações de mentes criativas africanas e cineastas de ascendência africana ao redor do mundo.