sábado, 30 de abril de 2011
Sábado recordação
Língua de Trapo é um grupo musical paulistano, que promove apresentações com conteúdo humorístico.
Surgida em 1979, nos estertores da Ditadura Militar, no interior da Faculdade de Comunicação Social Casper Libero, fizeram bastante sucesso, principalmente entre o público jovem e universitário, por seu conteudo de crítica política e social e postura de esquerda festiva.
Sua formação inicial contava com Laert, Guca Domenico e Pituco. E chamavam-se de “Laert e seus Cúmplices”. Logo juntou-se ao trio Carlos Antonio de Melo e Castelo Branco e Lizoel Costa, colegas de faculdade do trio. Em 1980 começava oficialmente o grupo Língua de Trapo, já acrescido dos integrantes Luiz Lucas no contrabaixo, Fernando Marconi na Percussão e João Lucas nos teclados. O Nome foi divulgado juntamente com a primeira fita (K7) do grupo com o título “Sutil como um cassetete” – que era vendida nos corredores da faculdade e em shows.
O Lingua de Trapo foi um dos nomes de destaque do movimento Vanguarda Paulista, que se formou a partir do musicos que se apresentavam no Teatro Lira Paulistana, em Pinheiros, que mesmo nao tendo ligacao especifica um com o outro, todos tinham em comum o fato de serem independentes, donos de seus proprios selos, lancando seus trabalhos sem interferencia dos burocratas das gravadoras. Fez parte do movimento Vanguarda Paulista o nucleo chamado Pracianos, a 'faccao zona norte', com os artistas Dari Luzio, Pedro Lua, Paulo Barroso, Le Dantas & Cordeiro e Carl Guerreiro, este tendo sido vencedor do festival da cancao da Globo em segundo, Ricardo Soares em primeiro.
Em 1985, participou do Festival dos Festivais com a canção Os Metaleiros Também Amam, que chegou até a final da competição. Os Metaleiros Também Amam foi a música mais vaiada pelo público, mas foi também, de longe, a mais engraçada.
O famoso grupo "Mamonas Assassinas" foi uma cópia caracturizada do Lingua de Trapo.