quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Torturadores da ditadura argentina pegam prisão perpétua


BUENOS AIRES (AFP) - Quinze repressores da última ditadura argentina (1976/83) foram condenados nesta terça-feira à prisão perpétua por crimes contra a humanidade nos centros clandestinos de detenção nas cidades de Mar del Plata e Buenos Aires, informou uma fonte judicial.

"O ex-militar (do Exército) Alfredo Manuel Arrillaga e os ex-membros da Marinha Justo Ignacio Ortiz e Roberto Luis Pertusio foram condenados por crimes contra a humanidade cometidos na base naval" de Mar del Plata", revelou o Centro de Informação Judicial (CIJ).

O processo envolvia nove presos políticos detidos no centro de extermínio instalado na base naval de Mar del Plata.

O Tribunal Federal de Mar del Plata condenou os três por "privação ilegal de liberdade duplamente agravada e por tortura agravada".

Já o Tribunal Federal de Buenos Aires condenou à prisão perpétua oito ex-policiais, um ex-agente penitenciário, um ex-capitão do Exército e dois membros da polícia militar que atuaram em três centros clandestinos de detenção da capital argentina.

Os condenados, entre eles Julio Simón e Samuel Miara, foram considerados culpados por mais de 100 sequestros e assassinatos nos centros clandestinos de detenção "El Banco", "Club Atlético" e "El Olimpo".

O tribunal condenou ainda a 25 anos de prisão o ex-agente civil do Exército Raúl Antonio Guglielminetti, o ex-chefe do Batalhão de Inteligência 601 Carlos Alberto Roque Tepedino, o vice-comandante do 601 Mario Alberto Gómez Arenas e o ex-diretor da Polícia Federal Ricardo Taddei.

Este é um exemplo que deveria ser seguido.