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Fabricantes de armas dos EUA , que abastecem as Forças de Defesa de Israel, firmaram contratos vultosos antes da guerra e veem ações dispararem em semelhante proporção às mortes de crianças e inocentes
Em publicação nas redes sociais na terça-feira (17), o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, afirmou que "a única coisa que precisa entrar em Gaza são centenas de toneladas de explosivos da Força Aérea, nem um grama de ajuda humanitária".
Membro do partido de extrema-direita Otzma Yehudit (Poder Judeu), Ben-Gvir foi alçado ao cargo após as eleições parlamentares de novembro de 2022, quando a legenda extremista se uniu ao governo de coalizão fascista de Benjamin Netanyahu.
Armamentista radical, contumaz propagador de ódio contra os árabes e crítico do que considerava uma frouxidão do governo Netanyahu na ação contra a Palestina, Ben-Gvir promoveu um levante para distribuir armas à população israelense, especialmente entre os colonos que vivem em assentamentos próximos à Gaza e à Cisjordânia.
Ben-Gvir é apenas uma face da crescente fascistização do governo Netanyahu. Com mais de 15 anos no comando do estado sionista de Israel (divididos em dois mandatos), o premiê radicalizou ainda mais após ser alvo de uma série de denúncias de corrupção.
Ao mesmo tempo, o governo israelense alimenta a também crescente sanha da indústria de armas, que mesmo durante a pandemia, em 2020, registrou crescimento de 1,3%, segundo o Instituto Internacional de Estudos para a Paz de Estocolmo (Sipri).
Em 2022, com a Guerra na Ucrânia, a indústria bélica mundial voltou a bater novo recorde, pelo oitavo ano seguido, crescendo 3,7%, com negócios que chegaram a US$ 2,24 trilhões - maior que o PIB projetado pelo FMI ao Brasil para 2023, de US$ 2,13 milhões, o que colocaria o país na nona economia do mundo.
Principal parceiro de Israel, os EUA lideram com folga o ranking, com orçamento de US$ 877 bilhões, sendo responsáveis por 39% dos gastos globais com a indústria bélica. Na segunda posição, a China, em termos comparativos, gastou no período US$ 292 bilhões.
O abraço caloroso de Joe Biden em Benjamin Netanyahu ao desembarcar em Tel-Aviv na quarta-feira (18) selou um acordo de cavalheiros que alimenta a ganância das principais empresas de armamentos do mundo sobre os corpos de mais de 5 mil pessoas já mortas - segundo a contagem desta quinta-feira (19) - no mais recente conflito em Gaza.
Dos 5.187 cadáveres que alimentam a indústria da guerra, 3.785 são de palestinos, em grande parte crianças e mulheres. Mas a sanha dos senhores da guerra continua e os "negócios" podem ser expandidos caso o conflito se alastre para o Líbano e o Irã - como sinalizou os EUA ao vetarem no Conselho de Segurança da ONU a resolução brasileira para uma pausa humanitária em Gaza.
Por trás da aliança sórdida entre Biden e Netanyahu, cinco empresas dos EUA lucram com a guerra na Palestina - parte delas controladas pelo movimento sionista internacional, que governa Israel.
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Fonte: Revista Fórum