domingo, 29 de janeiro de 2012

Filme sobre desenvolvimento de Brasília vence mostra de Tiradentes


O carisma que A Cidade é uma Só? demonstrou na sessão da noite de sexta-feira (27/1) passou pelo público presente ao Cine Tenda e chegou ao júri oficial da Mostra de Tiradentes. O longa-metragem de Adirley Queirós, que conta com muito humor e liberdade documental a criação de Ceilândia, região que circunda Brasília, foi escolhido como o Melhor Filme da 15ª Mostra de Cinema de Tiradentes neste sábado (28).

“Fiquei muito emocionado pela sessão com o público”, afirmou o diretor no palco principal da mostra mineira. A Cidade é uma Só? fora anteriormente selecionado para o Festival de Brasília em 2011, mas Queirós retirou sua inscrição no evento como forma de protesto às mudanças do festival e a programação do filme (sessão à tarde e distante).

Trabalhando num híbrido entre documentário e ficção, dialogando com filmes como O Céu Sobre os Ombros e Avenida Brasília Formosa, A Cidade é uma Só? mostra três personagens de Ceilândia que comentam, com humor e força política, o passado recente brasileiro.

A premiação do júri oficial é atribuída por um grupo composto apenas por críticos de cinema. “Tiradentes nos deu a oportunidade de ver e conversar sobre filmes. Espero que isso seja estímulo para que a gente continue falando sobre esses filmes quando eles chegarem às salas de cinema”, afirmou José Carlos Avellar, um dos membros do júri. A sobrevivência no circuito
comercial dos longas-metragens exibidos em Tiradentes foi um dos temas de discussão aqui em Minas Gerais.

O júri popular elegeu também filmes carismáticos. No longa-metragem, O Mineiro e o Queijo, de Helvécio Ratton. Já na categoria Curta-metragem o vencedor foi L, de Thais Fujinaga, que já havia sido multipremiado no Festival de Curtas de São Paulo em 2011.

O júri jovem, composto por estudantes universitários, preferiu o comentário político-arquitetônico de HU. “Acho incrível que esse prêmio tenha vindo do júri jovem, que representa a próxima geração que parece estar curtindo a associação política que o filme faz”.
Fonte: Yahoo! Cinema