terça-feira, 29 de março de 2011

Deputado racista e homofóbico


O programa CQC, da Rede Bandeirantes, exibiu nesta segunda-feira uma polêmica entrevista com o deputado federal Jair Bolsonaro, do Partido Progressista (PP-RJ). Ele respondeu a perguntas do público e falou sem rodeios de questões como ditadura, drogas, racismo e homossexualidade. Durante uma resposta à cantora Preta Gil, o deputado deu a entender que seus filhos não se relacionariam com negras porque foram "bem educados". A cantora afirmou, por seu Twitter, que vai processar Bolsonaro.

Mais tarde, o deputado afirmou que não havia entendido bem a pergunta e disse que, se fosse racista, "não seria maluco de declarar isso numa televisão"

O deputado frisou que por seu passado, Dilma Rousseff jamais poderia ter sido eleita presidente, e reafirmou que sente falta da época da ditadura, por causa de "pessoas sérias como ( Emílio Garrastazu) Médici, (Ernesto) Geisel e (João Batista) Figueiredo". O deputado também disse que "daria umas porradas" no filho se o pegasse fumando maconha, e que nunca correu o risco de ter um filho gay porque sempre foi um pai "presente" e que deu uma "boa educação".

Preta Gil vai processar deputado por declaração racista

A cantora Preta Gil comunicou em seu Twitter que acionou um advogado para tomar providências jurídicas contra Bolsonaro por racismo. Durante a resposta à cantora, o deputado também deu a entender que namorar uma negra seria uma "promiscuidade".

Preta foi convidada a enviar uma pergunta para o parlamentar e lhe questionou sobre como reagiria caso seu filho namorasse uma negra. Bolsonaro respondeu: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu."

Mais tarde, Bolsonaro afirmou que havia entendido que a pergunta falava sobre gays, e não negros.

"Eu entendi que ela me perguntou o que eu faria se meu filho namorasse um gay (...) Se eu tivesse entendido assim (da forma como a pergunta foi feita), eu diria: 'meu filho pode namorar qualquer uma, desde que não seja uma com o teu comportamento'."

Preta revelou que não assistiu ao programa na Band TV e soube da repercussão pela internet, onde também assistiu ao vídeo. Em seguida, postou no Twitter: "Advogado acionado, sou uma mulher negra, forte e irei até o fim contra esse deputado, racista, homofóbico, nojento." E acrescentou: "Estou em paz, sei muito bem a família que tenho, o orgulho de ser negra e a consciência dos meus direitos como cidadã." Ela é filha do cantor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil.
Fonte: Jornal do Brasil online

Opinião do Blog
Lamentável, é só o que se pode dizer de um espírito embrutecido e fossilizado de um deputado como esse. Subproduto de uma ditadura de Direita, o seu pensamento demonstra bem o seu reacionarismo, não só em relação à política, como em relação aos fatos da vida em geral. Homofóbico, racista e atrasado, não se venha dizer que ele é assim devido a sua formação militar. Conhecemos muitos militares que tem pensamentos muito menos conservadores do que este. Espantoso é ver como este indivíduo vem sendo consecutivamente eleito para a deputado federal e é ironico que seja alistado e eleito por um partido que se intitula "progressista".
Veja o vídeo: