quinta-feira, 21 de maio de 2020

O monstro Bolsonaro

Arte: Renato Aroeira
A falta de respeito de Bolsonaro com as vidas perdidas por causa do Coronavírus, justamente no dia em que, basicamente, morreu um brasileiro por minuto em 24 horas, vai além de uma piada tosca que rima palavras com final “ina”. Se fosse só para desdenhar a gravidade da pandemia, Bolsonaro poderia ter usado outra rima: brilhantina, nitroglicerina, parafina, água de piscina… A palavra tubaína não foi escolhida por acaso. Foi escolhida a dedo. Tubaína é, na verdade, “entuba aí, né” expressão bastante usada no período da ditadura militar quando se torturava a pessoa deitada com a barriga para cima, fazendo a vítima engolir litros de água e depois recebia golpes no abdome. A monstruosidade do presidente da República a cada dia fica mais evidente quando tenta estimular seu gado a rir com ele, como faz em suas visitas matinais ao puxadinho do planalto. Nessas ocasiões sempre existem alguns apoiadores que riem enlouquecidamente de suas investidas malcriadas. Será que tem gente contratada para rir dessas desgraças na tentativa de transformar as grosserias monstruosas do presidente em piada, e assim aliviar o absurdos expelidos por ele?