sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Academia Brasileira de Letras pode ter seu primeiro membro representante dos povos originários

Imagens: Reprodução 



O ativista indígena e escritor Daniel Munduruku junto à Ailton Krenak disputam uma vaga na Academia Brasileira de Letras (ABL). Mais de um século após sua fundação por Machado de Assis, a ABL pode estar prestes a ter o primeiro escritor indígena, na cadeira de número 5, que em 1977 recebeu Rachel de Queiroz, a primeira mulher a integrar a instituição.

Além dos autores indígenas, competem  a historiadora Mary del Priore;  a escritora, poeta e jornalista Raquel Naveira, do Mato Grosso do Sul; o poeta e escritor cearense Antonio Helio da Silva e o escritor paulista J. M. Monteirás

A lista inclui também Chirles Oliveira, uma professora paulista e mestre em comunicação; José Cesar Castro Alves Ferreira, um escritor, artista plástico e político do Rio de Janeiro; o poeta goiano Gabriel Nascente; o ex-senador Ney Suassuna e Denilson Marques da Silva, um escritor, poeta, artista plástico e ensaísta do Rio de Janeiro. 

 A eleição está prevista para ocorrer no dia 5 de outubro deste ano

Ailton Krenack e Daniel Munduruku


“É a história de exclusão dos povos originários que me faz aceitar essa condição de candidato. Estou fazendo isso para que nenhuma pessoa indígena se sinta impedida de sonhar e de querer estar nesses lugares de privilégio que foram exclusivos a um tipo de brasileiro”, disse o líder indígena, ambientalista, filósofo e poeta, Ailton Krenak.