sábado, 13 de junho de 2020
Imoral e fisiológico o ato de Bolsonaro ao recriar o Ministério das Comunicações.
Foto: Reprodução
Jair Bolsonaro baixou a Medida Provisória 980, que desmembra o Ministério das Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações e recria o Ministério das Comunicações. Para assumir a pasta, ele indicou o deputado Fábio Faria (PSD-RN), que é casado com a filha de Silvio Santos, do SBT, a apresentadora Patrícia Abravanel.
“A indicação torna ainda mais evidente o fisiologismo e a imoralidade do ato do presidente da República. Bolsonaro coloca na direção do Ministério responsável por controlar e fiscalizar as concessões de rádio e televisão e, também, por distribuir verbas publicitárias do governo federal, uma pessoa que está diretamente vinculada a uma concessão”, afirma em nota divulgada nesta quinta (11) o Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação (FNDC).
“Está claro que os reais motivos do presidente Jair Bolsonaro para ter desmembrado os dois ministérios não têm relação com a adoção de políticas para o setor, mas visa usar a estrutura do Estado para angariar apoio político e ampliar sua base no Congresso Nacional com o chamado ‘Centrão’ e beneficiar de forma indevida aliados, no caso um concessionário de rádio e televisão”, diz o FNDC.
“Está evidente que a nomeação de Fábio Faria representa flagrante conflito de interesse no exercício dessa função. Além disso, pode caracterizar tráfico de influência e improbidade administrativa por parte do presidente da República”, destaca ainda o Fórum.