O acampamento Quilombo Campo Grande foi erguido há mais de 20 anos nas terras da antiga Usina Ariadnópolis, pertencente à Companhia Agropecuária Irmãos Azevedo (Capia), e que faliu no final da década de 1990. Parte dos antigos trabalhadores da usina, que ficaram sem indenização após a falência da empresa, hoje integram o acampamento.
Após a falência da usina, a área de aproximadamente 4 mil hectares ficou degradada por conta do monocultivo de cana-de-açúcar. Com a ocupação do MST, o local ganhou plantações de café, milho e hortaliças, além da criação de galinhas.
De acordo com o movimento, a agricultura local rende cerca de 15 mil sacas de café por ano e 55 mil de milho. Produtos são comercializados no Sul do estado, bem como em outras regiões de Minas Gerais.
Na terça-feira (11), véspera da ação de despejo, diversas instituições ligadas à defesa dos direitos humanos enviaram uma solicitação ao presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, Gilson Soares Lemes, para impedir a ação – o que não foi cumprido.
Assinaram o ofício o Conselho Estadual de Direitos Humanos (Conedh), a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, entre outras instituições.
Fonte: Revista Fórum