terça-feira, 1 de maio de 2012
Dia do Trabalhador
Em 1886, na cidade de Chicago, EUA, os operários cansados da superexploração que sofriam e dos baixos salários, se amotinaram nas ruas daquela cidade, travando uma batalha campal com a polícia, na luta pela redução da jornada de trabalho. A repressão contra as manifestações dos trabalhadores nos EUA foi feroz. A Justiça, a serviço dos patrões, condenou quatro líderes da grande rebelião à morte e outros quatro à prisão.
O exemplo de luta dos operários norte-americanos se espalhou por todo o mundo e desde então os trabalhadores unem-se no dia 1º de maio para defender os seus direitos, celebrar a luta contra a exploração capitalista e afirmar seu objetivo de construir uma nova sociedade sem opressão e sem exploração, a sociedade socialista.
Hoje, após quatro anos da maior crise do sistema capitalista desde a 2ª Guerra Mundial, os donos dos bancos e dos monopólios industriais e comerciais, os patrões, voltam a defender o aumento da jornada de trabalho e o fim de vários direitos dos trabalhadores conquistados após décadas de luta, unicamente para manter seus lucros crescendo.
Portanto, o objetivo dos capitalistas e de seus governos é proteger os seus interesses jogando sobre os ombros do povo as consequências da atual crise econômica. Esta é razão para várias medidas como redução dos salários, diminuição do valor das aposentadorias, cortes das verbas para a saúde e educação, adoção da terceirização e, também, as guerras imperialistas.
A consequência dessa política é a piora das condições de vida dos trabalhadores, enquanto os ricos seguem vivendo no luxo e no esbanja-mento. De fato, enquanto os lucros dos capitalistas batem recordes, o salário mínimo no Brasil deveria ser, segundo o Dieese, R$ 2.295,58, ou seja, 3,69 vezes o atual (R$ 622,00). Além disso, temos uma das maiores jornadas de trabalho do mundo e as mulheres são ainda mais exploradas: recebem salários 25% menores que os dos homens e não têm creches nos locais de trabalho.
Em resposta a essa política das classes dominantes, os trabalhadores têm realizado greves e manifestações para impedir que os governos de seus países apliquem medidas econômicas que tornarão a vida insuportável, como a demissão em massa de servidores públicos, aumento dos preços dos aluguéis e alimentos, privatização da saúde, educação e previdência.
A organização dos trabalhadores é fundamental pra proteger seus direitos.
Feliz 1º de maio!