terça-feira, 15 de setembro de 2009
Drogas, jogo, prostituição... a quem interessa?
Carlos Eduardo Pestana
O tráfico de drogas existe porque há gente que consome a mercadoria. Regra básica e simples de qualquer mercado. Havendo produto, há demanda e se a demanda cresce, o produto encarece, tornando o negócio mais lucrativo e atraente para qualquer investidor. Achar que repressão policial, verdadeira ou não, acaba com isto é acreditar em fadas. É gostar de ser enganado. Isso não existe. Os maiores consumidores de cocaína, heroína, exctasy e similares são exatamente quem tem mais dinheiro, poder, desde os milionários até a classe média que gosta de luzes, câmara, ação!
Para os mais pobres tem crack, heroína, cocaína misturada, impura, com preços mais em conta. Tem pra todos os bolsos, basta ter dinheiro. E é exatamente essa classe média hipócrita que fica gritando por mais segurança, contra pedintes das ruas, bandidos pés-de-chinelo etc. quem mais consome drogas de todos os tipos, dando dinheiro e poder para os narcotraficantes.
É igual a história dos Bingos ou Cassinos. São neles onde se lavam o dinheiro vindo do narcotráfico. Isso acontece no mundo todo e foi a grande sacada da Máfia americana, quando o Al Capone foi preso por não pagar imposto de renda. Las Vegas foi criada em pleno deserto exatamente pra dar origem ao dinheiro que vinha da bandidagem e, com o tempo, do narcotráfico. Os Cassinos, Bingos etc. servem exatamente pra isso porque não há como controlar o que entra e sai de dinheiro. Mistura-se diversão, entretenimento e jogo para atrair consumidores e aí rola de tudo. É muita grana de origens as mais diversas.
Carlos Eduardo Pestana Magalhães é jornalista e sociólogo. Publicou Invasão no Iraque – Manipulação, censura e mentiras da imprensa dos EUA, Editora Canudos, 2005
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