terça-feira, 7 de abril de 2009
Governo estuda ajuda aos municípios e novas medidas para reduzir impostos
A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos carros – uma das medidas adotadas pelo governo Lula para combater os efeitos da crise internacional no Brasil – deve ser estendida para os fabricantes de fogões e geladeiras, segundo relato de ministros que participaram da reunião da Coordenação Política nesta terça-feira (7). Ao mesmo tempo, o presidente deve anunciar nos próximas dias um pacote de ajuda aos municípios quem também por causa da crise, tiveram queda em suas arrecadações.
Entre as propostas para as prefeituras estão a diminuição das contrapartidas em obras do PAC, a diminuição do patamar das parcelas de dívidas com o INSS e eventuais mudanças no Fundeb.
O ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, disse que o presidente anunciar medidas após reuniões com a equipe econômica amanhã e na quinta-feira. "Essas reuniões é que vão dizer o que é viável", afirmou Múcio.
Múcio relatou que durante a reunião de hoje com o presidente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentou um relatório sobre a situação da economia. "Ele informou que a economia já dá sinais de crescimento. O governo continua com a política de tomar decisões quando acende a luz amarela. Todas as medidas já foram tomadas para combater a crise? Não. Outras podem ser tomadas", afirmou Múcio.
Na reunião, Mantega disse que a avaliação no mercado externo é de que o mercado brasileiro é segunda melhor opção para investidores, atrás apenas do mercado chinês. Múcio disse que na avaliação do grupo de coordenação houve um aumento considerável de repasses para o FPM, desde o início do governo Lula, em 2003, por causa de aumentos do INSS e do desenvolvimento econômico. Além disso, destacou o ministro, historicamente no primeiro trimestre do ano há uma redução no repasse. José Múcio ressaltou que a redução no FPM foi provocada, entre outros fatores, pela redução de incentivos à construção civil, e que, se não fosse isso, não seria possível a geração de empregos nos setores da construção e automobilístico.
Também na reunião, Mantega, apresentou dados positivos sobre a recuperação da economia brasileira diante da crise. A avaliação é de que o governo adotou as medidas certas para enfrentar a crise, mas que ainda novas ações devem ser adotadas.
"Devemos continuar com as mesmas preocupações, sem tratar a crise com desdém, sem desrespeito. Evidentemente somos otimistas, o quadro do Brasil é super favorável, dentro do quadro que o mundo vive e temos certeza de que se nós entramos na crise depois de todo o mundo, vamos sair antes de todo mundo", disse Múcio.
A cúpula do governo ficou entusiasmada com uma pesquisa que o ministro da Fazenda apresentou mostrando que investidores de todo mundo apontam o Brasil como o segundo melhor mercado para aplicação de recursos. A economia brasileira perde apenas para a China. "Isso significa que o mundo olha pra nós como terra de bons investimentos e vão nós ajudar a gerar os empregos que precisamos", afirmou.
Social
Ficou acertada ainda uma reunião do governo com um grupo de empresários para tratar da política social. A ideia é mostrar como ocorreu o fortalecimento do mercado interno.
"Vamos reunir o empresariado brasileiro para dizer onde está este fortalecimento, como isso aconteceu, como isso foi gerado, como houve uma movimentação das classes sociais mais baixas para as superiores", disse.
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