quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Autismo em adultos



O autismo em adultos pode ser identificado por sinais e sintomas como dificuldades na socialização, entender o que é dito de forma excessivamente literal, uso reduzido de gestos ou linguagem corporal e pouco interesse por se relacionar com outras pessoas.

O transtorno do espectro autista é uma alteração do desenvolvimento neurológico que,  normalmente, é identificada na infância. No entanto, alguns casos mais leves podem passar despercebidos nesta fase, sendo diagnosticados somente na idade adulta.

Os principais sinais e sintomas de autismo em adultos são:

Dificuldade para iniciar/manter uma conversar e/ou entender o que os outros pensam ou como se sentem; Entender o que é dito de forma excessivamente literal; Não saber como se comportar ou falar em diferentes situações; Dificuldade para entender gestos e linguagem corporal; Uso reduzido, ausente ou anormal de gestos, expressões faciais, linguagem corporal ou contato visual; Dificuldade ou pouco interesse para se relacionar com outras pessoas; Ter rotinas rígidas ou pouco flexíveis; Interesse excessivo por temas ou atividades específicas.

Quando o autismo é leve, em alguns casos, pode ser identificado somente quando a pessoa já é adulta e nem sempre os sintomas são facilmente notados. Por isso, é comum adultos com autismo serem vistos apenas como pessoas “diferentes” ou “estranhas”.

 Frases  comuns aos ouvidos dos autistas

“Mas você não parece autista”

É importante saber dentro do espectro autista existem muitas diferenças e singularidades e níveis de suporte. Dessa forma, nenhum autista é igual ao outro. 

Assim como pode existir um autista com dificuldade de interação social, tímido retraído, pode existir outro sociável, espontâneo e comunicativo. Mesmo tendo essas características, ele não deixou de fazer parte do espectro.

“Você leva tudo ao pé da letra”

Isso acontece porque autistas costumam ter dificuldade de perceber as nuances da entonação de fala de terceiros, tendendo a interpretar tudo ao pé da letra e não percebem ironias ou piadas com duplo sentido.

Alguns também podem não conseguir compreender a comunicação não verbal,  como gestos, linguagem corporal e expressão facial.

“Por que você não me olha nos olhos?”

Para muitos autistas, manter contato visual pode ser desconfortável ou até angustiante. Essa dificuldade é frequentemente mal interpretada como desinteresse ou falta de educação.

No entanto, para os autistas, evitar o contato visual pode ser uma maneira de se concentrar melhor na conversa ou se sentir mais confortável.

“Você precisa aprender a ser flexível”

Alguns autistas têm um apego excessivo a rotinas, padrões ritualizados e resistência a mudanças inesperadas.

Assim, mudar o que previamente foi combinado com ele, pode lhe trazer insegurança e representar uma situação muito desafiadora.

Reconhecer a diversidade dentro do espectro é fundamental 

A ampla gama de habilidades, desafios e características que variam significativamente de uma pessoa para outra dentro do espectro reforçam que não há uma “forma única” de ser autista.

Assim, entender essa variação também ajuda a desmistificar estereótipos e criar um olhar mais inclusivo e acolhedor para essas pessoas. 

IMPORTANTE: somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar autismo e indicar tratamentos.