O transtorno do espectro autista é uma alteração do desenvolvimento
neurológico que, normalmente, é identificada na infância. No entanto,
alguns casos mais leves podem passar despercebidos nesta fase, sendo
diagnosticados somente na idade adulta.
Os principais
sinais e sintomas de autismo em adultos são:
Dificuldade para iniciar/manter
uma conversar e/ou entender o que os outros pensam ou como se
sentem; Entender o que é dito de forma excessivamente literal; Não
saber como se comportar ou falar em diferentes situações; Dificuldade para
entender gestos e linguagem corporal; Uso reduzido, ausente ou anormal de
gestos, expressões faciais, linguagem corporal ou contato
visual; Dificuldade ou pouco interesse para se relacionar com outras
pessoas; Ter rotinas rígidas ou pouco flexíveis; Interesse excessivo
por temas ou atividades específicas.
Quando o
autismo é leve, em alguns casos, pode ser identificado somente quando a pessoa
já é adulta e nem sempre os sintomas são facilmente notados. Por isso, é comum
adultos com autismo serem vistos apenas como pessoas “diferentes” ou
“estranhas”.
“Mas você não parece autista”
É
importante saber dentro do espectro autista existem muitas diferenças e
singularidades e níveis de suporte. Dessa forma, nenhum autista é igual ao
outro.
Assim
como pode existir um autista com dificuldade de interação social, tímido retraído, pode existir outro
sociável, espontâneo e comunicativo. Mesmo tendo essas características, ele não
deixou de fazer parte do espectro.
“Você leva tudo ao pé da letra”
Isso
acontece porque autistas costumam ter dificuldade de perceber as nuances da
entonação de fala de terceiros, tendendo a interpretar tudo ao pé da letra e
não percebem ironias ou piadas com duplo sentido.
Alguns
também podem não conseguir compreender a comunicação não verbal, como gestos, linguagem corporal e
expressão facial.
“Por que você não me olha nos
olhos?”
Para
muitos autistas, manter contato visual pode ser desconfortável ou até
angustiante. Essa dificuldade é frequentemente mal interpretada como
desinteresse ou falta de educação.
No
entanto, para os autistas, evitar o contato visual pode ser uma maneira de se
concentrar melhor na conversa ou se sentir mais confortável.
“Você precisa aprender a ser
flexível”
Alguns
autistas têm um apego excessivo a rotinas, padrões ritualizados e resistência a
mudanças inesperadas.
Assim, mudar o que previamente foi combinado com ele, pode lhe trazer
insegurança e representar uma situação muito desafiadora.
Reconhecer a diversidade dentro do espectro é
fundamental
A ampla
gama de habilidades, desafios e características que variam significativamente
de uma pessoa para outra dentro do espectro reforçam que não há uma “forma
única” de ser autista.
Assim,
entender essa variação também ajuda a desmistificar estereótipos e criar um
olhar mais inclusivo e acolhedor para essas pessoas.
IMPORTANTE: somente médicos devidamente habilitados podem diagnosticar autismo e indicar tratamentos.