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A professora de História Graciela Chamorro lançou
o “Dicionário Kaiowá-Português”, em Dourados no Mato Grosso do Sul. O trabalho
levou 30 anos para ficar pronto e envolveu muita pesquisa e acompanhamento dos
povos indígenas guarani-kaiowá da região. Junto com os alunos da Universidade
Federal da Grande Dourados (UFGD) e encontros com a comunidade, a
professora, que é paraguaia, foi a campo para desenvolver as pesquisas.
A
importância acadêmica e cultural do dicionário indígena também colabora no
combate ao preconceito contra os povos originários, conforme destaca a
pesquisadora: “Hoje ainda me perguntaram se o guarani-kaiowá é um dialeto.
Deixa o dialeto para lá, é uma língua. Existe um racismo linguístico, a gente
quer achar que é língua, só aquelas associadas com o poder”.
Roseli Jorge, uma das colaboradoras indígenas, comentou: “o
dicionário kaiowá é uma herança que as gerações mais antigas estão deixando
para as gerações mais novas, sendo uma necessidade contemporânea que acompanha
a introdução da escrita, da leitura, da pesquisa acadêmica nas comunidades
Kaiowá.”
O dicionário Kaiowá-Português pode ser acessado gratuitamente AQUI.