sábado, 12 de agosto de 2023

Trapalhadas do Ajudante de Ordens complica mais a situação do inelegível

Imagem: Reprodução 

Semelhança com Patrick da Zorra Total ao que parece não é mera coincidência.

Ao que parece, para  integrar o governo Bolsonaro, o membro deveria ter um comportamento próximo  aos integrantes dos comediantes “Os Trapalhões”, ou seja, ser autêntico pateta . Somente assim se explica os cerca de 17 mil e-mails recebidos e enviados pela Ajudância de Ordens da Presidência da República que foram parar na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Isso aconteceu porque,  Mauro Cid e sua turma não apagaram o conteúdo da lixeira, somente as mensagens da caixa de entrada logo, deixaram o material disponível. Dentre as mensagens encontradas estão as que comprovam a tentativa de Mauro Cid vender um Rolex avaliado em US$ 60 mil.

A conta de e-mail de Mauro Cid só foi bloqueada no dia 15 de março, quando o governo Lula já tinha três meses. Entre os dias 15 e 17 de março, Cid tentou acessar, irregularmente,  a conta 99 vezes. No mínimo desesperado para tentar apagar os vestígios. Não adiantou, e o sistema barrou Cid. Antes, no entanto, somente em 2023 e já no novo governo, o e-mail do tenente-coronel foi acessado mais de 500 vezes. Também foram encontrados entre os arquivos remetidos à CPMI vários recibos de depósitos em diferentes contas bancárias.

Recibos de despesas pessoais de Michelle Bolsonaro com salão de beleza e manicure também fazem parte do acervo dos e-mails. Outra peculiaridade são os depósitos sucessivos e de valores pequenos em contas de parentes de Michelle e alguns dos membros da Ajudância de Ordens. O ajudante Adriano Alves Teperino, por exemplo, recebeu quatro depósitos de R$ 1 mil em quatro minutos no dia 26 de setembro do ano passado.

Ainda de acordo com os recibos encontrados, Michelle recebeu R$ 60 mil em onze dias, em 45 depósitos. Diluídos, provavelmente para não chamar a atenção.

A comissão acredita que essas movimentações financeiras frequentes e de baixos valores sejam uma tentativa de burlar o rastreamento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Os e-mails também mostram que Cid possuía os certificados de autenticidade das joias recebidas pelo ex-presidente em viagem de negócios à Arábia Saudita.

Pelo que tem se apurado até agora, chega-se a conclusão que o Brasil passou quatro anos sendo governado por uma quadrilha.

Hoje, com os meios de comunicação existentes, como a Internet e imprensa alternativa é possível descobrir esses roubos ao erário. Imagine o que ocorreu durante a ditadura onde a divulgação sofria rígida censura.