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Semelhança com Patrick da Zorra Total ao que parece não é mera coincidência.
Ao que parece, para integrar o governo Bolsonaro, o membro
deveria ter um comportamento próximo aos
integrantes dos comediantes “Os Trapalhões”, ou seja, ser autêntico pateta . Somente
assim se explica os cerca de 17 mil e-mails recebidos e enviados pela Ajudância
de Ordens da Presidência da República que foram parar na Comissão Parlamentar
Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos de 8 de
janeiro.
Isso aconteceu porque, Mauro Cid e sua turma não apagaram o conteúdo
da lixeira, somente as mensagens da caixa de entrada logo, deixaram o material
disponível. Dentre as mensagens encontradas estão as que comprovam a tentativa
de Mauro Cid vender um Rolex avaliado em US$ 60 mil.
A conta de e-mail de Mauro Cid só
foi bloqueada no dia 15 de março, quando o governo Lula já tinha três meses.
Entre os dias 15 e 17 de março, Cid tentou acessar, irregularmente, a conta 99 vezes. No mínimo desesperado para
tentar apagar os vestígios. Não adiantou, e o sistema barrou Cid. Antes, no
entanto, somente em 2023 e já no novo governo, o e-mail do tenente-coronel foi
acessado mais de 500 vezes. Também foram encontrados entre os arquivos
remetidos à CPMI vários recibos de depósitos em diferentes contas bancárias.
Recibos de despesas pessoais de
Michelle Bolsonaro com salão de beleza e manicure também fazem parte do acervo
dos e-mails. Outra peculiaridade são os depósitos sucessivos e de valores
pequenos em contas de parentes de Michelle e alguns dos membros da Ajudância de
Ordens. O ajudante Adriano Alves Teperino, por exemplo, recebeu quatro
depósitos de R$ 1 mil em quatro minutos no dia 26 de setembro do ano passado.
Ainda de acordo com os recibos
encontrados, Michelle recebeu R$ 60 mil em onze dias, em 45 depósitos. Diluídos,
provavelmente para não chamar a atenção.
A comissão acredita que essas
movimentações financeiras frequentes e de baixos valores sejam uma tentativa de
burlar o rastreamento do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Os e-mails também mostram que Cid possuía os certificados de autenticidade das
joias recebidas pelo ex-presidente em viagem de negócios à Arábia Saudita.
Pelo que tem se apurado até
agora, chega-se a conclusão que o Brasil passou quatro anos sendo governado por
uma quadrilha.
Hoje, com os meios de comunicação
existentes, como a Internet e imprensa alternativa é possível descobrir esses
roubos ao erário. Imagine o que ocorreu durante a ditadura onde a divulgação
sofria rígida censura.