terça-feira, 21 de setembro de 2010

Prêmio Camões 2010


Foto: MinC
O poeta e dramaturgo maranhense Ferreira Gullar recebeu, na tarde de quinta-feira, 16 de setembro, o Prêmio Luís de Camões 2010, o mais importante prêmio literário da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). A cerimônia aconteceu na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, da qual participaram o Presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Muniz Sodré, representando o ministro da Cultura do Brasil, Juca Ferreira; o conselheiro cultural de Portugal, presidente do Instituto Camões e representante do Embaixador de Portugal no Brasil, Adriano Jordão; o acadêmico Murilo Melo Filho, da Academia Brasileira de Letras, e Adair Rocha, representante do ministro Juca Ferreira no Rio de Janeiro.
“Estou muito feliz com esse prêmio. Valeu a pena”, disse Ferreira Gullar. “Estou feliz porque os meus amigos estão felizes com a escolha. Todos sabem que esse prêmio tem uma alta significação. Indica um critério, uma seriedade. Estou na companhia de gente fina”, afirmou, lembrando os ganhadores das edições anteriores.
“É razão de muito júbilo quando se festeja, no presente, um poeta, um filósofo. A festa é muito maior quando se premia um grande poeta, como Ferreira Gullar”, disse Muniz Sodré, presidente da FBN.
Durante a cerimônia, Gullar leu o poema “Verão”, de sua autoria, que dedicou aos amigos do Grupo Opinião, marco do teatro de protesto e resistência no Brasil, durante os anos 1960. “A gente escreve para o outro. O sentido da vida é o outro. É o outro o nosso herdeiro, em todos os sentidos”, disse.
Adriano Jordão ressaltou a importância de se ter um prêmio “a quatro mãos”, entre Brasil e Portugal, e disse que “a maneira brasileira de ser está na poesia de Gullar”. Para Adair Rocha, a poesia de Gullar “interfere diretamente no sentido das coisas”. O acadêmico Murilo Melo, em nome dos imortais da ABL, disse que a instituição está orgulhosa pela escolha do júri neste ano: “Prêmio outorgado ao poeta, pensador e escritor que tanto honra a inteligência brasileira”.