sábado, 11 de janeiro de 2025

Contraste entre violências e vitórias na luta pela terra no Pará é revelado em exposição fotográfica do MST

Imagem: Reprodução

Tragédias como o Massacre de Eldorado se contrapõem à resistência camponesa e aos avanços da reforma agrária no estado

Por meio de um esforço coletivo do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST),  a exposição fotográfica "Pelo direito à memória: a luta pela terra e o MST Pará" representa um resgate histórico de registros de militantes, apoiadores e fotógrafos. As imagens evidenciam o contraste en

 

Os olhares curiosos passeavam pela história do movimento, marcada por tragédias, mas também por sorrisos e marchatre a violência brutal de ocupações, com ocultação de cadáveres, assassinatos e o emblemático Massacre de Eldorado do Carajás, e as vitórias que levaram à conquista de terra, acesso à educação, à saúde e à  cultura aos camponeses do estado.

 

O lançamento da exposição aconteceu durante a Feira Estadual da Reforma Agrária, de 4 a 8 de dezembro, em Belém, e apresentou cerca de 170 fotografias no centro da capital paraense.s em defesa de direitos, história essa contada também em roda de conversa com a presença de protagonistas, pesquisadores e estudantes.

“Eu tive a oportunidade de testemunhar e registrar, de poder, por meio das fotos, fazer esse registro da memória do MST aqui no estado do Pará, então o sentimento que eu carrego, que eu tenho, é meio que de dever cumprido, porque registrar, resgatar um momento, uma situação que a gente também faz parte dela, é como se eu também estivesse contando minha própria história”, comenta Deusamar Matos, conhecida como Deusinha, militante que testemunhou momentos históricos e é autora de muitos desses registros.

Contemplada pela Lei Paulo Gustavo Estadual na aérea de Artes Visuais, a mostra representa um esforço coletivo de décadas, ainda em construção, de incluir mais fotografias para compor uma documentação historiográfica da luta pela terra no país.

Nota do blog: O titular deste blog foi Presidente da Associação dos Servidores da Reforma Agrária em Brasília e em certa época da criação do famigerado MIRAD, em Brasília, esteve em parceria com o MST em ocupação do prédio do INCRA e apoiando suas reivindicações.

Recebi do Movimento uma bandeira de presente, que espero  que ainda se encontre na sede da Assera/DF