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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, será convocado para depor na comissão de Educação da Câmara dos Deputados para dar explicações sobre a debandada de servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Texeira (Inep), responsável por cuidar das provas do Enem e do Enade.
O requerimento, que deve ser votado nesta terça-feira (16) na comissão, havia sido pedido por mais de três parlamentares na semana passada, mas ganhou força com as denúncias trazidas à tona pelo Fantástico e pela declaração dada nesta segunda-feira pelo presidente Jair Bolsonaro. Em Dubai, ele disse que as questões do Enem agora “começam a ter a cara do governo“.
O deputado Israel Batista (PV-DF), presidente da Frente Mista da Educação e um dos parlamentares que pediu a convocação de Ribeiro, afirmou que “a frase do presidente é uma assinatura de culpa, a prova que eles não têm a menor noção. O presidente comprovou o que estamos denunciando há meses, que há interferência política na prova do Enem”, disse “Não é papel do Enem ter cara de governo A ou B. A prova é uma política de Estado”, completou.
O líder da oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que “quando Bolsonaro interfere politicamente em uma prova como o Enem, coloca em risco a qualidade do exame e o futuro de nosso país. Nós, da oposição, vamos propor a convocação dele”.