sexta-feira, 15 de junho de 2018
A viola está sendo reconhecida como patrimônio imaterial do Estado de Minas Gerais
A Secretaria do Estado de Cultura e o IEPHA, realizaram reunião solene no Circuito Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, no dia 14 de junho de 2018. O lançamento deste projeto foi na cidade de Santana dos Montes.
VIOLAS DE QUELUZ EM DESTAQUE
Berço das famosas Violas de Queluz, a cidade de Conselheiro Lafaiete esteve significativamente representada na festa da viola pelos descendentes das famílias Salgado (Valter Braga Braga de Souza, Leninha Salgado e Jorge) e Meirelles (Alcione Meirelles, Gracia Meirelles, Maria do Carmo, Reinaldo Meirelles e o luthier José Robert) herdeiros da tradição das violas em nossa cidade que tanto encantaram o imperador Dom Pedro II, quando por aqui passou. Estiveram também, representando a cidade O violeiro Rogério de Castro e seus alunos da Escola de Violas, a educadora e escritora Mariângela De Lourdes Silva, Luiz Otávio, Sônia Maria Cardoso e Claudionor Cerqueira Neto, pela Secretaria de Cultura e os poetas Osmir Camilo Gomes e Wagner, pela Liga Ecológica Santa Matilde (Lesma Poesia) e também o poeta Adílson Rodrigues Pereira, de Queluzito. Além de várias comitivas de toda a Minas Gerais, os lafaietenses foram amplamente saudados pelo Secretário do Estado de Cultura Angelo Oswaldo e pela presidente do IEPHA, Michele Arroyo, pela sua importância estratégica nesta caminhada.
HISTÓRIA
A viola, que chegou ao Brasil no período da colonização, foi tão bem acolhida em Minas que ganhou nomes, formatos, técnicas de fabricação e maneiras de tocar completamente personalizadas. O pesquisador Carlos Felipe Horta, estudioso da trajetória da viola no país, relata que, com o tempo, ela foi ganhando adeptos em todos os cantos do Estado e, por isso, acabou se transformando em um objeto tão representativo.
“Tanto que nós temos a caipira, a nordestina, a de cocho, a de taquara e muitas outras. Mesmo quando o violão ganhou fama, a viola continuou sendo um instrumento considerado ideal para acompanhar o canto e se fazer serenatas, por exemplo”, completa.
Com a popularidade em alta, explica o pesquisador, o instrumento passou a ser admirado não apenas pelas camadas populares, mas também pelas classes mais ricas.
A ligação do instrumento às tradições em todo território mineiro levou o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha-MG) a elaborar um dossiê que foi apresentada ao Conselho Estadual de Patrimônio Cultural de Minas e entrou para o mesmo hall do Queijo Artesanal do Serro, a Comunidade dos Arturos de Contagem, a Festa de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Chapada do Norte e das Folias de Minas. Ou seja reconhecida, definitivamente, como patrimônio mineiro. A presidente do Iepha, Michele Abreu Arroyo, afirma com certeza: “É uma tradição viva, a proteção dela e dos violeiros vai se tornar mais fácil por meio da construção de novas políticas públicas dirigidas a essa tradição. Parabéns atoda equipe do IEPHA que empenhou-se valorosamente nesta jornada de resgate cultural.
Fonte: Facebook do Grupo Lesma