sábado, 31 de dezembro de 2016

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ESPERANÇA Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano/ Vive uma louca chamada Esperança/ E ela pensa que quando todas as sirenas/ Todas as buzinas/ Todos os reco-recos tocarem/ Atira-se/ E/ — ó delicioso vôo!/ Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,/ Outra vez criança.../ E em torno dela indagará o povo:/ — Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?/ E ela lhes dirá/ (É preciso dizer-lhes tudo de novo!)/ Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:/ — O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA.../ Mario Quintana