Além de mostras e festivais os filmes de curta metragem fica restrito a um ou outro cine clube, algumas exibições em escolas, já que a grande rede de cinemas no país não os exibe.
Até a eleição de Fernando Collor havia uma resolução do Concine (Conselho Nacional de Cinema) que obriava a exibição de curta metragem nacional antes da exibição do longa nos cinemas brasileiros, com a extinção do Concine desobrigou-se ao cumprimento dessa resolução.
Diz
Beth de Sá Freire: “O curta-metragem nos leva a abrir caminhos em áreas e terrenos mal balizados, e a expandir nossa visão do cinema, a descobrir belezas inesperadas, história paralela (estética, econômica e jurídica) que, por vezes, procede à história oficial da sétima arte, e que desencoraja muito rápido toda ambição de esgotamento.
O curta é um verdadeiro filme de cinema, nós o enxergamos assim, uma forma cinematográfica com as mesmas qualidades de um longa, mas de curta duração.
O curta-metragem tem essa agilidade, essa prontidão, que permite trazer às pessoas as angústias e alegrias do momento com muita rapidez. Ele guarda quase sempre essa independência, pois, nada ou muito pouco, lhe amarra.
De um modo geral, um curta que pode ser feito por Agnes Varda, Chris Marker, Walter Salles, guarda o frescor da juventude. Ele é indócil, faz acordar, traz propostas estéticas renovadoras, demonstra vitalidade até mesmo no campo da reflexão teórica”.
Porém, apesar disso, é difícil para o realizador ver seus filmes sendo exibidos e tentando preencher essa lacuna que procuramos entrar em contato com cineastas de diversos estados brasileiros o que resultou nessa Mostra que iremos apresentar amanhã no Bistrô Villa Solara, em Cambuquira.
Contamos com a presença dos cinéfilos e não cinéfilos.
Após teremos muita poesia.
