quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Ditadura Militar: a mãe do PT

Eleito presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, em 1975, Lula mostrou a que veio, ao se posicionar contra a intervenção estatal na economia e manifestar aversão por discussões teóricas, afirmando que o socialismo estaria na cabeça dos trabalhadores e não nos livros. Com uma visão utilitária da atividade sindical, Lula aproveita-se das circunstâncias da greve que parou o ABC paulista, em 1979, para criar o Partido dos Trabalhadores, iniciativa do agrado dos militares, que já contavam com um sindicalismo de resultados, à americana, e, agora, passariam a contar com um falso partido de trabalhadores para engambelar a massa operária, afastando-a da esquerda autêntica, com o fito de criar um ambiente mais propício à transição democrática, planejada pelo coronel Golbery do Couto e Silva, chefe da Casa Civil do presidente Ernesto Geisel. A cooptação de Lula pelo regime militar dificultou a reintegração política dos anistiados que retornavam, em especial Brizola, temido pelos golpistas de 1964. Com a criação do PT, no ano de 1979, em São Paulo, surge uma nova organização sindical, cujo objetivo claro era enfraquecer os sindicatos ligados aos trabalhistas e comunistas, conforme o desejo de Golbery. Lula e o PT apresentam-se, então, como algo novo na política brasileira, fato desmentido pelo tempo, uma vez que sindicalista e partido reprisavam a velha política, em nova roupagem, repleta de ambições e oportunismo. Leia o restante na página do JB.