A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) concedeu o estatuto de membro pleno aos palestinos, que até agora eram uma entidade observadora no organismo. A votação foi realizada hoje na sede da organização em Paris.
A UNESCO foi a primeira agência da ONU a quem os palestinianos pediram para integrar como membro de pleno direito, desde que o presidente palestino, Mahmoud Abbas entregou um pedido de adesão de um Estado palestiniano à ONU.
A adesão foi aprovada com 107 votos a favor, 52 abstenções e 14 contra. EUA, Canadá e Alemanha votaram contra, enquanto França, Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul votaram a favor. O Reino Unido, Itália e Portugal abstiveram-se.
Os EUA e Israel já garantiram deixar de apoiar financeiramente a UNESCO, depois desta decisão. Em 2011, a contribuição norte-americana para a UNESCO foi de cerca de 49 milhões de euros, o que corresponde a 22% do orçamento da organização.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney disse que a adesão da Palestina à UNESCO é "prematura" e que esta medida não vai contribuir para o estabelecimento da paz, uma vez que questões como as fronteiras de um futuro Estado palestiniano e outras disputas entre israelitas e palestinianos continuam por resolver.
A votação é decisiva e entrará em rigor logo que as autoridades palestinianas subscrevam a carta constitutiva da UNESCO.
Parabéns a UNESCO pela decisão, apesar dos protestos reacionários dos EUA e Israel.
