quarta-feira, 19 de junho de 2024

Estuprada, menina de SP viaja até a BA para interromper gestação de 31 semanas

Imagem: Reprodução.

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Estuprada pelo marido da avó, menina de SP viaja até a BA para interromper gestação de 31 semanas

Karen (o nome é fictício) foi abusada pelo marido da sua avó e sua mãe só percebeu quando notou o aumento do volume abdominal. "Mãe, tem alguma coisa mexendo na minha barriga", disse a menina, à época com 14 anos e na 29ª semana de gestação.

Após registrar um boletim de ocorrência, elas procuraram o Hospital da Mulher, na capital paulista. Lá, a menina foi submetida a exames, tomou o coquetel preconizado para casos de violência sexual, mas foi informada de que, no local, abortos legais só ocorriam até a 20ª semana de gestação.

No Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, também não conseguiu ter acesso ao aborto legal porque a prefeitura havia suspendido os procedimentos.

Mãe e filha precisaram se deslocar de ônibus até Salvador (BA) para a interrupção da gestação. Foram dois dias e cinco horas de estrada. O estuprador continua foragido. "Minha filha sempre pergunta: 'e aí, mãe, não vai acontecer nada com ele? Por que ele não foi preso se ele cometeu um crime?'", diz a mãe.

Segundo a Constituição, não existe nenhuma restrição para a idade gestacional do feto no momento do aborto. 

Mas o PL do Estuprador, que tramita em urgência na Câmara dos Deputados, propõe a criminalização do aborto após a 22 semanas de gestação para vítimas de estupro.

A bancada evangélica no Congresso Nacional, juntamente com a ultra direita fascista do PL querem retroceder  Brasil à Idade Média.

É PRECISO UM BASTA NESSA CULTURA DO ATRASO!!!!!