quinta-feira, 11 de julho de 2024

PF prende suspeitos de espionagem ilegal na Abin.

Imagem: Reprodução 



Os alvos de prisão pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quinta-feira (11) por suposta espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) são um militar do Exército, um agente da PF, um empresário e um ex-assessor da Secretaria de Comunicação Social do governo Bolsonaro. O militar era assessor do então diretor da Abin Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal (PL-RJ), é casado com uma servidora da agência e foi alvo da PF na última fase da operação, em janeiro. A PF aponta que ele foi um dos responsáveis por um monitoramento ilegal do então presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e da então deputada Joice Hasselmann. O segundo alvo preso é um agente da PF cedido à Abin e que já foi da Casa Civil no governo anterior. O agente também atuou como segurança do então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, em 2018. Ele está afastado do cargo desde janeiro, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Um terceiro alvo foi assessor da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência e ⁠alvo da CPI da Covid por supostamente participar de um “gabinete do ódio”. A PF aponta a ligação entre integrantes da Secom com a chamada “Abin paralela” para criação de perfis fakes e disseminação de informações falsas (fakenews) contra desafetos do governo. O quarto alvo de prisão hoje é um empresário suspeito de disseminar essas fake news, e chegou a ser indiciado pela CPI da Covid. Um quinto alvo de mandado de prisão está em aberto. Os agentes estão nas ruas de Brasília, Curitiba, Salvador, São Paulo e Juiz de Fora (MG) para cumprir, também, sete buscas e apreensões. Segundo a PF, o objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa responsável por monitorar autoridades públicas de forma ilegal e produzir notícias falsas utilizando os sistemas da Abin.