quarta-feira, 22 de maio de 2024

A inexpressiva deputada Carla Zambelli e o Hacker de Araraquara agora são réus por invasão do sistema do CNJ

 Imagem: Reprodução


A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, ontem,  terça-feira (21) por unanimidade aceitar a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) em tornar réus a inexpressiva deputada federal Carla Zambelli )PL/SP) e  Walter Delgatti Neto,  pela invasão dos sistemas digitais do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A dupla vai responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

A PGR já tinha oferecido a denúncia no último dia 23 de abril, apoiada pela investigação da Polícia Federal. Na denúncia, Delgatti é apontado como o executor das invasões de sistemas digitais e inserções de documentos falsos. Ele afirmou em depoimento ter sido contratado por Zambelli, que é tratada como a mentora e mandante do delito.

Em 4 de janeiro de 2023, Delgatti teria entrado no sistema do CNJ a mando de Zambelli para inserir documentos e informações falsas. Entre as últimas revelações do episódio, foi inserido um alvará de soltura falsificado de Sandro Louco, líder do Comando Vermelho condenado a 200 anos de prisão pelos crimes de falsificação, roubo, homicídio, latrocínio, sequestro e cárcere privado e porte de arma de fogo.

A ideia seria colocar a soltura do criminoso na conta do ministro Alexandre de Moraes, principal alvo dos bolsonaristas e seus planos golpistas no Judiciário. Além disso, Zambelli tinha a intenção de adicionar ao sistema um mandado de prisão falso contra Moraes, com uma assinatura falsificada no nome do magistrado.

Na sessão do STF que tratou do assunto a deputada foi ridicularizada, com razão, pela ministra Carmem Lúcia e pelo ministro Alexandre de Moraes, veja abaixo: