Em entrevista ao Jornal da Record na noite desta sexta-feira (9), o ex-presidente, hoje inelegível, se vitimizou sobre as investigações conduzidas pela Polícia Federal.
Isolado por determinação da Justiça, admitiu que pode ser preso, e com fala mansa - diferente dos arroubos autoritários da reunião de 5 de julho - evitou atacar Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal que autorizou a megaoperação e seu alvo preferencial nos 4 anos em que ficou na Presidência.
"Até você pode ser preso. Não tem mais Estado Democrático de Direito no Brasil. Não existe. Não existe", disse o ex-capitão que tentou comparar seu caso com o de Lula.
"O meu processo não podia estar no Supremo. Tem que ser primeira instância. Eu não tenho foro privilegiado mais. Onde o Lula foi julgado no caso do mensalão? Em Curitiba. Por que para mim tem que ser diferente?", indagou.
Em seguida, sem citar Alexandre de Moraes, Bolsonaro se vitimizou dizendo que seu processo "está nas mãos de um núcleo menor de pessoas e nós sabemos ali, que uma ou outra pessoa que o prazer dele é me ver numa pior um dia", emendou.
O inominável ainda negou que tenha tramado um golpe de Estado e tentou inverter a narrativa, dizendo que "é um crime falar disso daí".
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