Segundo documentos obtidos pelo jornal Estadão, o governo Bolsonaro abriu um processo de licitação para pagar R$ 480 mil por ônibus escolar destinado ao transporte de estudantes em áreas rurais. Técnicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), no entanto, apontaram que cada veículo deveria custar no máximo R$ 270 mil.
Ao todo, o MEC pretende adquirir 3.850 ônibus, que pelo valor estabelecido no processo de licitação custariam R$ 2,082 bilhões. Esse valor representa R$ 769 milhões a mais do que o custo real dos veículos - uma diferença de 54%.
"A discrepância das cotações apresentadas pelos fornecedores em relação ao preço homologado do último pregão, do ano passado, implica em aumento não justificado do preço, sem correspondente vinculação com as projeções econômicas do cenário atual", diz relatório da área técnica do FNDE.
O superfaturamento na compra dos ônibus também foi apontado em parecer da Controladoria Geral da União (CGU). Quem assina o processo de licitação, que foi autorizado, é Garigham Amarante, diretor de Ações Educacionais do MEC, indicado por Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, legenda de Jair Bolsonaro.
Já está apelidado de "bolsolão do busão" mais esse escândalo de corrupção do governo.