Imagem: CBF
O posicionamento público de atletas contra a decisão de Jair Bolsonaro (sem partido) de realizar no Brasil a Copa América vem provocando estragos cada vez maiores na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que em meio à crise gerada pelas denúncias de abuso sexual cometidas pelo presidente afastado, Rogério Caboclo, tende a manter o apoio ao Planalto.
Em seu blog, o jornalista PVC afirma que é possível que patrocinadores e jogadores da seleção distribuam um documento pela manutenção do treinador Tite à frente da equipe até a Copa do Mundo de 2022.
A manutenção de Tite no cargo bloquearia a ação de Bolsonaro, que quer que a CBF troque o treinador por Renato Gaúcho, mais alinhado aos seus desejos.
Itaú, Ambev, Gol e Mastercard já haviam demonstrado preocupação e cobrado investigações sobre os abusos cometidos por Caboclo.
Segundo PVC, “não faz sentido trocar o comando da seleção brasileira a 17 meses da Copa do Mundo” e “o fato é que o apoio financeiro da seleção brasileira está em jogo e a imagem dos patrocinadores também”.
“Para Ambev, Gol, Mastercard e Itaú será bem importante que o Brasil volte a ser campeão do mundo e a preservação do trabalho parece fundamental neste momento de crise institucional. A razão é óbvia: a crise é da CBF. A seleção brasileira está em boa fase”, diz o jornalista, ressaltando os 100% de aproveitamento da equipe comandada por Tite nos jogos realizados depois da paralisação pela pandemia.
Fonte: Revista Fórum