domingo, 24 de janeiro de 2016
Luiz Fernando Veríssimo escreve sobre o BBB
Transcrevo texto de Luiz Fernando Veríssimo: "Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB é a pura e suprema banalização do sexo.
Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros… todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB é a realidade em busca do IBOPE.
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB. Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.
Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ $$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores).
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa…, ir ao cinema…. , estudar… , ouvir boa música…, cuidar das flores e jardins… , telefonar para um amigo… ,•visitar os avós… , pescar…, brincar com as crianças… , namorar… ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade".
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
Veículo da Prefeitura atropela criança.
Foto: Facebook
Uma criança foi atropelada por veículo oficial da Prefeitura Municipal de Cambuquira e apesar de diversas escoriações e os dois braços quebrados a Administração Municipal nada fez para auxiliar no tratamento.
Segundo informações há suspeita que o motorista atropelador não era habilitado e caso se comprove aumenta a responsabilidade do Poder Executivo Municipal.
A criança precisa urgente de um atendimento especializado e sua família, pelo que apuramos, não tem condições e passa extrema necessidade.
Acreditamos que, por ser família pobre e pequena, não tendo bastante votos, há desinteresse dos nossos politiqueiros petistas.
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Lei Rouanet
Desde 1991,no governo de Fernando Henrique Cardoso, a produção cultural no Brasil ganhou um apoio fixo. É a Lei Federal de Incentivo à Cultura (Nº 8.313), conhecida como Lei Rouanet, por causa do então ministro da Cultura Sérgio Paulo Rouanet. O objetivo da lei é promover, proteger e valorizar as expressões culturais nacionais por meio de incentivos fiscais.
Todo projeto cultural pode se candidatar à captação de recursos de renúncia fiscal via Lei Rouanet. Basta que ele atenda a pré-requisitos técnicos: ter natureza cultural e qualificação do proponente, apresentar informações e documentos corretamente (conforme Art. 38 da Instrução Normativa nº 1 de 2013).
A lei não permite que o Ministério da Cultura faça julgamento e seleção com base no valor artístico e cultural dos projetos. No incentivo fiscal, quem faz a seleção dos projetos que receberão apoio financeiro é a sociedade, por meio dos apoiadores, os chamados patrocinadores culturais. Depois, os patrocinadores podem abater do imposto de renda o valor investido, em parte ou totalmente.
O MinC considera o incentivo fiscal uma prática legítima e importante, mas que não pode ser a única opção potente disponível para o fomento à cultura no Brasil. E como a Lei Rouanet privilegia de maneira muito evidente este mecanismo, ela vem gerando distorções, a exemplo da concentração regional e setorial.
A lei de incentivos fiscais engloba toda a produção, a distribuição e o acesso aos produtos culturais, incluindo aprodução de CDs e DVDs, espetáculos musicais, teatrais, de dança, filmes e obras de audiovisual, exposições e livros nas áreas de ciências humanas, artes, imprensa, revistas, cursos e oficinas culturais.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
Varginha voltará a ter voos a partir de 2 de Março!
Foto somente ilustrativa
Varginha voltará a receber aeronaves da Azul Linhas Aéreas Brasileiras a partir de 2 de março. De lá, a companhia operará três frequências semanais – às segundas, quartas e sextas-feiras – com destino ao Aeroporto Internacional de Cofins. A ANAC Agência Nacional de Aviação Civil APROVOU semana passada a autorização para a retomada dos voos, que serão realizados com o equipamento turboélice ATR 72-600, de 70 assentos.
A operação será matinal, com decolagem de Belo Horizonte por volta de 9h20 e chegada em Varginha às 10h20 e saída de Varginha às 10h45 e chegada em Belo Horizonte às 11h45. O voo terá duração de aproximadamente uma hora.
Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba tem inscrições abertas para sua edição de 2016
O Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba recebe, até 7 de março, inscrições para sua 5ª edição, que será realizada entre 8 e 16 de junho, em Curitiba. São aceitas obras dos seguintes gêneros: documentário, ficção, experimental, animação e híbridos. O festival é composto por mostras competitivas e não-competitivas.
Inscrições e seleção
Os interessados podem cadastrar as obras gratuitamente até o dia 7 de março por meio do formulário de inscrição disponível no site do evento. Não há limite de filmes por proponente. As obras devem ser enviadas pelo site Vimeo ou por link privado, com a senha permanecendo válida até o dia 10 de maio.
Para serem elegíveis, os longas e curtas-metragens internacionais devem ser inéditos no Brasil. Os curtas-metragens brasileiros também. Os responsáveis pelos filmes selecionados serão avisados por e-mail até o dia 10 de maio. Para mais informações, consulte o regulamento.
Além da competição principal, que aceita curtas e longas-metragens nacionais e internacionais, o festival promove ainda a mostra Novos Olhares, voltada aos primeiros longas-metragens realizados por cada diretor. Há também as mostras não-competitivas Outros Olhares, destinada a promover obras do cinema mundial, e Mirada Paranaense, que propõe um panorama sobre o que tem sido produzido na área de cinema no Paraná.
Clique aqui e acesse o site oficial do 5º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba.
Fonte: Ancine
domingo, 17 de janeiro de 2016
Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy recebe inscrições de filmes e projetos
Estão abertas as inscrições para o 40º Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy , na França. O evento, o mais importante dedicado à animação no mundo, será realizado entre os dias 13 e 18 de junho, e recebe inscrições de longas e curtas-metragens, filmes comissionados (videoclipes, publicitários etc) e filmes de estudantes. As inscrições vão até o dia 15 de fevereiro para todas as categorias, com exceção de longas-metragens, cujo prazo se prolonga até o dia 15 de março.
O Festival Internacional de Cinema de Animação de Annecy é um dos eventos contemplados pelo Programa de Apoio à Participação de Filmes Brasileiros em Festivais Internacionais e de Projetos de Obras Audiovisuais Brasileiras em Laboratórios e Workshops Internacionais da ANCINE. Filmes oficialmente selecionados para as mostras competitivas poderão solicitar o apoio do Programa. Clique aqui e saiba mais sobre o Programa de Apoio da ANCINE.
Para mais informações sobre inscrições e regulamento, acesse o site do festival.
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
Filmes nacionais de graça.
A Cinemateca Popular Brasileira, organizada pelo Armazém Memória no Youtube, disponibiliza à consulta as filmografias de diretores e diretoras, bem como as cronologias dos filmes nacionais por ano de lançamento nos cinemas ou festivais.
Clique AQUI para saber mais e acessar os filmes.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2016
Inscrições abertas para o 6º FICIC - Festival Internacional de Cinema Independente de Cosquin
Estão abertas as inscrições para a sexta edição do FICIC - Festival Internacional de Cinema Independente de Cosquin, que acontece em maio de 2016, em Cosquin, na província de Córdoba, na Argentina. O festival promove mostras competitivas para curtas e longas-metragens e aceita inscrições até o dia 1º de fevereiro.
Os interessados devem preencher o formulário de inscrição, disponibilizado no site, e enviar seu material preferencialmente por meio da plataforma Movie Beta Festival. Também é aceita a inscrição por via postal, de acordo com as disposições do regulamento. Filmes em língua estrangeira deverão ser legendados em espanhol.
terça-feira, 5 de janeiro de 2016
Sawabona Shikoba para marcar 15 anos de Sonora Parceria
Foto: Antonio Almeida
Sawabona Shikoba, um tradicional cumprimento originário do sul da África, dá nome ao quinto álbum da dupla Tatiana Cobbett e Marcoliva, do Sonora Parceria.
Ao longo dessa década e meia de música independente, os cantores – ela carioca, ele gaúcho – que vivem na ilha há mais de 20 anos, transformam o cenário da arte catarinense com a criação de arranjos e letras ímpares, fomentando a música autoral e a cultura local.
O duo passeia por variadas vertentes, mesclando diversas referências rítmicas com sotaque brasileiro, com letras contundentes e com belas melodias, numa linguagem peculiar que conquista o público e a crítica.
Os cambuquirenses tiveram a oportunidade de assisti-los em abril de 2015, durante o Abril Poético em uma única audição no antigo "Miss Sunshine",
Para ouvi-los clique aqui.
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