sexta-feira, 25 de julho de 2014

Anão diplomático

No Centro de Tel Aviv encontra-se a placa em homenagem ao homem que foi fundamental para criação do Estado de Israel na Assembléia da ONU no ano de 1947. Dr. Osvaldo Aranha, representante da diplomacia brasileira, foi reconhecido pelo povo judeu como um dos articuladores mais importantes daquela sessão, garantindo tempo para que fossem convencidos a mudar de voto alguns representantes de países que optariam pela abstenção na dura e difícil votação que se seguiria. No momento em que o Estado de Israel chama o Brasil de "anão diplomático", vale lembrar que em um passado não muito distante foi a astúcia do "anão" que garantiu o tempo necessário para que todo o povo vítima da maior tragédia do século XX, o holocausto de judeus praticado pelos nazistas, tivesse direito ao seu pedaço de terra nesta pequena nave azul chamada de Terra. Duvido que nosso "grande anão" daquela histórica sessão imaginasse que o Estado de Israel se comportaria como seus antigos algozes menos de 100 anos depois. Orgulho da posição do Brasil. Israel ocupa hoje o 56º lugar em economia e Brasil o 7º. Brasil não vive em conflito há décadas, tampouco fomenta fundamentalismos territoriais e militares para com seus vizinhos. Israel tem uma taxa de desemprego de 7,1%, enquanto Brasil de 4,9. O Brasil tem, no mínimo, 50 vezes mais potencial diplomático que Israel. Brasil é membro do Conselho de Segurança da ONU. Israel também é? Enfim, o Brasil não será investigado por crimes de guerra. Que diabo de "anão diplomático" é o Brasil então? VIVA A PALESTINA!